sábado, 20 de novembro de 2010

OOVOO



ooVoo é um comunicador instantâneo que se assemelha ao Windows Live Messenger.

Suporta conversas de até 6 pessoas ao mesmo tempo, isso é, videoconferência. E tudo isso em um aspecto 3 D.

Por ser mais rápido que o MSN em relação às imagens, tem sido muito utilizado pelos surdos..

AS PRIMEIRAS ENCICLOPÉDIAS DA LIBRAS



Baseada no premiado Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, os volumes desta Enciclopédia de Libras documentam os sinais do universo do surdo brasileiro nas mais variadas áreas, permitindo a adaptação para a educação bilíngue. É um instrumento importante para a aquisição e desenvolvimento da linguagem de sinais e para a linguagem escrita de crianças e jovens surdos brasileiros, elemento indispensável para a adaptação e complementação dos currículos de educação infantil, ensino fundamental e médio. Este primeiro volume apresenta os sinais da Libras e o universo da educação, acompanhado de um capítulo específico sobre a avaliação do desenvolvimento da competência de leitura de palavras (processos de reconhecimento e decodificação) em educandos surdos do Ensino Fundamental e Médio

SURDOCEGO



CAUSAS DA SURDOCEGUEIRA
Na maioria das vezes a causa é a rubéola na gestação.

Já nos adultos a causa mais frequente é uma síndrome que se caracteriza pela surdez desde o nascimento ou a surdez aparecendo com 4 ou 5 anos (Síndrome de Usher). 

Só na adolescência começam a aparecer os problemas visuais: dificuldade de ver à noite, dificuldade de sair do claro e entrar num lugar escuro e vice-versa. O problema visual é causado por Retinite Pigmentar. 

Outras dificuldades são em relação ao campo visual que pode ir diminuindo, mas que permite a pessoa continuar comunicando-se por meio de Língua de Sinais. 

Recomendações importantes: o interlocutor deve se posicionar na frente ao Surdo a uma distância média de 1,5m, para facilitar que ele perceba todo o movimento das mãos. Sempre se colocar de frente para a luz, deixando o Surdocego de costas para ela.

LETRAS LIBRAS


O curso tem como público-alvo instrutores surdos de Libras, surdos fluentes (para o curso de Licenciatura) em língua de sinais e ouvintes fluentes em língua de sinais que tenham concluído o ensino médio (para o curso de Bacharelado).

O Curso de Licenciatura e Bacharelado em Letras Libras é uma iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina, com o objetivo de formar profissionais na língua de sinais brasileira (professores e tradutores-intérpretes).

EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LIBRAS – PROLIBRAS



Perfil dos profissionais certificados/Área de Atuação:

- Proficiência no uso e no ensino da Libras: Instrutor de nível médio - Atuar no ensino da língua de sinais na educação básica, nível médio inclusive na educação superior.

Proficiência em Tradução e Interpretação da LIBRAS/LÍNGUA PORTUGUESA/LIBRAS: Intérprete de língua de sinais (Ensino Médio ou Superior) - Realizar a interpretação da língua de sinais para o português e vice-versa na educação básica, nível médio, inclusive na educação superior.

INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS - INES




O INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) é o centro nacional de referência na área da surdez, no Brasil, sendo um órgão do Ministério da Educação. Foi a primeira instituição, nesta área, do Brasil. Os objetivos institucionais do INES são a produção, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimentos científicos e tecnológicos na área da surdez em todo o Brasil, além de subsidiar a Política Nacional de Educação. 

Presta assessoria técnica nas seguintes áreas: prevenção à surdez; audiologia; fonoaudiologia; orientação familiar; orientação profissional; artes: plásticas, dança; biblioteca infantil; língua de sinais; informática; prevenção às drogas; cidadania.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS DOS SURDOS – CBDS


A CBDS foi fundada em 1984, mas sua história começa bem antes, na década de 50, com o intenso movimento de criação de associações de surdos. No início, as associações funcionavam como espaços de recreação e lazer, mas com o passar do tempo passaram a ser importantes pontos de articulação política e de prática desportiva.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS DE SURDOS - APADA


Uma associação de pais de surdos surgiu para lutar pelos seus próprios direitos e, principalmente, pelos direitos de seus filhos. Atuando em nível local, focaliza sua atenção na família, no surdo e na sociedade. O trabalho é feito por meio de Programas de Orientação a Pais, do Programa de Desenvolvimento Familiar e de troca de experiências entre as famílias.

fonte: http://www.ines.gov.br

FEDERAÇÃO NACIONAL PARA EDUCAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS SURDOS – FENEIS



Considerando a necessidade de estabelecer contatos, em nível nacional e internacional, surge a Federação Nacional de Surdos.
 
A FENEIS foi fundada em 1977 (FENEIDA, como era chamada na ocasião) e era constituída apenas por ouvintes. Em 1987 foi reestruturado o estatuto da instituição, que passou a ter o nome Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - FENEIS.

Desde de sua fundação, o seu maior propósito tem sido divulgar a Libras - Língua Brasileira de Sinais. Ao longo dos anos, a Federação esteve envolvida em várias atividades como: encontros, seminários, cursos e outros trabalhos que sempre visaram esclarecer para a sociedade em geral, a importância de respeitarem a forma de comunicação da Comunidade Surda, a sua cultura e porque não dizer a sua história de evolução, enquanto minoria linguística, que há séculos vem lutando pelo seu espaço e o reconhecimento de direitos que lhe são inerentes.

fonte: http://www.ines.gov.br/

AS ASSOCIAÇÕES DE SURDOS



A Associação de Surdos do Ceará surgiu a  partir de encontros informais de um grupo de surdos que reuniam-se periodicamente para conversar em sua língua natural de sinais.  Encontravam-se inicialmente  num espaço cedido pelo SESI que ficava-lhes disponível até determinada hora do dia. 

Como as conversas sempre estendiam-se para além do horário determinado e como o grupo começava a aumentar, surgiu a necessidade de possuírem um espaço  próprio para que pudessem se encontrar para festejar suas vitórias, trocar experiências, divertirem-se, etc. Finalmente, em 1983 foi fundada oficialmente a ASCE, sendo eleita sua diretoria e elaborado seu estatuto. 

Objetivos: 
- Aumentar o desenvolvimento cultural, desportivo, social, e recreativo entre surdos e a sociedade em geral; 
- Promover o desenvolvimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio natural de comunicação entre surdos;   
- Divulgar a cultura surda;
- Defender os Direitos dos surdos referente à Educação, Mercado de Trabalho, Língua de Sinais, etc; 
- Colaborar com as famílias no desenvolvimento emocional, linguístico, cognitivo dos indivíduos surdos.

LIBRAS PARA O PARALISADO CEREBRAL

LIBRAS PARA O SURDOCEGO

ALGUNS SINAIS EM SIGNWRITING

O QUE É SIGN WRITING???

Criado em 1974 por Valerie Sutton, a escrita de sinais com o sistema SignWriting vem ganhando cada vez mais usuários. Hoje já são mais de 27 países que utilizam SignWriting em Escolas, Universidades, Associações, e áreas ligadas a comunidade surda. No Brasil desde 1997 vem sendo utilizada na educação de surdos e pesquisa. Já existem algumas obras literárias produzidas no Brasil em Libras escrita em SignWriting, títulos como Uma Menina Chamada Kauana, Cinderela Surda, Rapunzel Surda, entre outras.


Não podemos esquecer de registrar que SignWriting expressa os movimentos, as formas das mãos, as marcas não-manuais e os pontos de articulação. Até então, a única forma de registro das línguas de sinais era o registro em vídeo cassetes e dvds, registro que continua sendo uma forma valiosa para a comunidade surda. Acrescenta-se a essa forma, a escrita das línguas de sinais. Um sistema rico e fascinante que mostra a forma das línguas de sinais.

DICIONÁRIO DE LIBRAS ONLINE

esse site é maravilhoso e está sempre sendo atualizado.
só há um problema: alguns sinais mudam de um estado para outro.
o endereço é: www.acessobrasil.org.br


AS CONFIGURAÇÕES DE MÃOS

DIFERENÇA ENTRE ALFABETO MANUAL E CONFIGURAÇÃO DE MÃOS


Os dois correspondem a formatos da mão, mas cada um é empregado para um fim específico.
ALFABETO MANUAL:
consiste do uso de formatos de mãos que representam as letras do alfabeto escrito, juntando as letras, produzidas com a mão, formamos uma palavra. É como se estivéssemos escrevendo no ar por meio da digitação manual.


CONFIGURAÇÕES DE MÃOS:
são formatos de mãos que formam os sinais, como uma das unidades mínimas usadas para produzir um sinal como todo.

TRÊS PRINCIPAIS ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS



Oralismo: visão clínico–terapêutica / proibição da língua de sinais.
Comunicação Total: instauração da nova ordem diante do fracasso do oralismo. A importância de se comunicar seja lá como for.
Bilinguismo: quebra de paradigma rompendo com o modelo clínico-terapêutico. Enfoque social, cultura e política.

ESTRANGEIRO EM SEU PRÓPRIO PAÍS

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

BABÁ ELETRÔNICA PARA OS SURDOS


Há atividades do dia a dia tão corriqueiras para nós que não nos damos conta dos sentidos que usamos para fazê-las. Todavia, elas são fundamentalmente sentidas pelos surdos como uma barreira para sua independência.

Atividades, como: pedir uma pizza, ligar para uma amiga, cancelar um cartão de crédito ou mesmo ouvir o choro do seu filho que acordou durante a madrugada são uma dificuldade para os surdos. 

Para minimizar as dificuldades de comunicação entre bebês e mães surdas, foi desenvolvida a “Babá Eletrônica” com alerta vibratório.

No caso das mães surdas as luzes "sonoras" permitem que vejam o nível de atividade ou até mesmo "sintam" o chamado do bebê! O receptor cabe dentro do bolso e vibra quando o bebê chama, assim é possível realizar outras tarefas enquanto a criança dorme. É possível estar em outro espaço da casa e sentir a vibração do equipamento quando a criança acordar.

REPORTAGEM: UNIVERSIDADE TRABALHA EM TECNOLOGIA NO CELULAR PARA DEFICIENTES AUDITIVOS



MobileASL reconhece linguagem de sinais em conversas pelo telefone celular

A Universidade de Washington, nos EUA, desenvolveu um aparelho que garante aos surdos a possibilidade de conversar por linguagem de sinais pelo celular. Chamado MobileASL, a tecnologia amplia a qualidade da imagem na região das mãos e do rosto do usuário, deixando o vídeo mais leve que o convencional.

O produto consegue também reconhecer os movimentos do usuário, e assim identifica se ele usa ou não a linguagem de sinais, o que faz com que a bateria dure mais durante a conversa.

O mecanismo será testado por sete semanas por voluntários da universidade. Segundo os pesquisadores, a maioria dos participantes prefere as conversas por e-mail ou via mensagens de textos para comunicação à distância.

Tong Song, estudante da universidade e parte do grupo de testes, o sistema surge como uma alternativa. "Mandar SMS às vezes é muito lento, porque você envia a mensaGem e não tem certeza se a outra pessoa já vai ler. Se você usa esse tipo de telefone, é possível conversar em tempo real, o que economiza muito tempo", informa.


POR: FILIPE ALBUQUERQUE - EM 18/08/2010

FONTE: http://tecnologia.br.msn.com/

domingo, 14 de novembro de 2010

COMO SE COMUNICAR COM UM SURDO SEM SABER LIBRAS???

 


- Alfabeto Manual
- Mímica
- Recursos visuais como desenhos, ilustrações, fotos, imagens concretas
- Recursos Tecnológicos (retroprojetor, DVD, vídeos, outros).
- Língua Portuguesa Escrita
- Língua Portuguesa Oral (leitura labial)



OBS: LEMBRANDO QUE, NO CASO DO USO DO PORTUGUÊS ESCRITO E ORAL, É PRECISO QUE O SURDO JÁ TENHA APRENDIDO ESSAS DUAS MODALIDADES.  ENFATIZO ISSO PORQUE DEVIDO AO NOSSO ATUAL SISTEMA DE EDUCAÇÃO NO BRASIL, AINDA É COMUM ENCONTRARMOS SURDOS QUE NÃO APRENDERAM SUA LÍNGUA MATERNA - A LIBRAS.

DIFERENÇA ENTRE A LIBRAS, GESTOS E MÍMICAS



As línguas de sinais são línguas naturais, porque como as línguas orais, surgiram espontaneamente da interação entre pessoas e porque devido à sua estrutura permitem a expressão de qualquer conceito - descritivo, emotivo, racional, literal, metafórico, concreto, abstrato - enfim, permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano.

MÍMICA: Expressão do pensamento por gestos, movimentos fisionômicos, etc imitando o que se quer fazer compreender. Por extensão, movimentos expressivos do corpo e, principalmente, do rosto.

GESTOS: Movimento do corpo, principalmente das mãos, cabeça e braços para exprimir idéias ou sentimentos, aspectos, fisionomias, parecer, semelhantes, ato ou movimento obsceno.

SURDO-MUDO



Essa é a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, porém, infelizmente ainda utilizada e divulgada nos meios de comunicação.

A terminologia Surdo-Mudo tem sua raiz na história, num tempo muito antigo quando a pessoa Surda estava condenado a mudez. Ser surdo significava automaticamente ser mudo, e pior, ser um Abandonado, Excluído, Desacreditado!

Com o passar do tempo, apesar de se constatar ser possível ensinar o Surdo a falar (língua oral), e, principalmente, de estudos conferirem à língua de sinais usada por eles há tantos séculos o "título" de língua verdadeira, mesmo assim, falando uma ou duas línguas, a denominação "Surdo-Mudo" permanece!



O fato de uma pessoa ser surda não significa que seja muda. A mudez é  outra deficiência, totalmente desagregada à surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Fato é a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exercício. Por isso, o surdo só será mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons. Fora isto, é um erro chamá-los de surdo-mudo.


Surdo-Mudo é então um erro social dado ao fato de que o surdo vive num "silêncio" rotulado pela própria sociedade (por falta de conhecimento do real significado das duas palavras). 

Acreditamos que só um trabalho informativo da comunidade surda junto à sociedade sobre a inadequação do termo "Surdo-Mudo" pode, aos poucos, fazer cair em desuso esse termo.
 


Surdo: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição
Mudo: problema ligado à voz. 

fonte: feneis

O QUE É TDD???

 
Doado por uma concessionária de telefonia, o aparelho também conhecido como TDD (Telecommunications Device For The Deaf), é um orelhão com teclado e visor próprios para a troca de mensagens tipo teletexto e permite ligações gratuitas para qualquer número local disponível em outro orelhão com a mesma tecnologia. 

A iniciativa atende à Lei da Acessibilidade (decreto nº. 5.296/94), que obriga as concessionárias a assegurarem pelo menos 2% do total de telefones públicos adaptados para portadores de deficiência. 


CAMPANHA CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA EM LIBRAS

TERMINOLOGIA SOBRE DEFICIÊNCIA - POR ROMEU KAZUMI SASSAKI


1. adolescente normal
Desejando referir-se a um adolescente (uma criança ou um adulto) que não possua uma deficiência, muitas pessoas usam as expressões adolescente normal, criança normal e adulto normal. Isto acontecia muito no passado, quando a desinformação e o preconceito a respeito de pessoas com deficiência eram de tamanha magnitude que a sociedade acreditava na normalidade das pessoas sem deficiência. Esta crença fundamentava-se na idéia de que era anormal a pessoa que tivesse uma deficiência. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado. TERMOS CORRETOS: adolescente (criança, adulto) sem deficiência ou, ainda, adolescente (criança, adulto) não-deficiente.

2. aleijado; defeituoso; incapacitado; inválido
Estes termos eram utilizados com freqüência até a década de 80.  A partir de 1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, começa-se a escrever e falar pela primeira vez a expressão pessoa deficiente. O acréscimo da palavra pessoa, passando o vocábulo deficiente para a função de adjetivo, foi uma grande novidade na época. No início, houve reações de surpresa e espanto diante da palavra pessoa: “Puxa, os deficientes são pessoas!?” Aos poucos, entrou em uso a expressão pessoa portadora de deficiência, freqüentemente reduzida para portadores de deficiência. Por volta da metade da década de 90, entrou em uso a expressão pessoas com deficiência, que permanece até os dias de hoje. Consultar SASSAKI (2003). Ver os itens 47 e 48.

3. “apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘A pessoa com deficiência não pode ser um ótimo aluno’. FRASE CORRETA: “ele tem deficiência e é um ótimo aluno”.

4. “aquela criança não é inteligente
Todas as pessoas são inteligentes, segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas. Até o presente, foi comprovada a existência de nove tipos de inteligência: lógico-matemática, verbal-lingüística, interpessoal, intrapessoal, musical, naturalista, corporal-cinestésica e visual-espacial (GARDNER, 2000). Consultar ANTUNES (1998, 1999). FRASE CORRETA: “aquela criança é menos desenvolvida na inteligência [por ex.] lógico-matemática”. 

5. cadeira de rodas elétrica
Trata-se de uma cadeira de rodas equipada com um motor. TERMO CORRETO: cadeira de rodas motorizada.

6. ceguinho
O diminutivo ceguinho denota que o cego não é tido como uma pessoa completa. TERMOS CORRETOS: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual.  Ver o item 59.

7. classe normal
TERMOS CORRETOS: classe comum; classe regular. No futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra classe sem adjetivá-la.  Ver os itens 25 e 51.

8. criança excepcional
TERMOS CORRETOS: criança com deficiência intelectual, criança com deficiência mental. Excepcionais foi o termo utilizado nas décadas de 50, 60 e 70 para designar pessoas com deficiência intelectual. Com o surgimento de estudos e práticas educacionais nas décadas de 80 e 90 a respeito de altas habilidades ou talentos extraordinários, o termo excepcionais passou a referir-se tanto a pessoas com inteligências múltiplas acima da média [pessoas superdotadas ou com altas habilidades e gênios] quanto a pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo da média [pessoas com deficiência intelectual] ¾ daí surgindo, respectivamente, os termos excepcionais positivos e excepcionais negativos, de raríssimo uso. Consultar SASSAKI (2003).

9. defeituoso físico
Defeituoso, aleijado e inválido são palavras muito antigas e eram utilizadas com freqüência até o final da década de 70. O termo deficiente, quando usado como substantivo (por ex., o deficiente físico), está caindo em desuso. TERMO CORRETO: pessoa com deficiência física. Ver os itens 10 e 11.

10. deficiências físicas (como nome genérico englobando todos os tipos de deficiência).
TERMO CORRETO: deficiências (como nome genérico, sem especificar o tipo, mas referindo-se a todos os tipos). Alguns profissionais, não-familiarizados com o campo da reabilitação, acreditam que as deficiências físicas são divididas em motoras, visuais, auditivas e mentais. Para eles, deficientes físicos são todas as pessoas que têm deficiência de qualquer tipo, o que é um equívoco. A deficiência física, propriamente dita, consiste na “alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções” (arts. 5º e 70, Decreto nº 5.296, 2/12/04). Consultar BRASIL (2004). Ver os itens 9 e 11.

11. deficientes físicos (quando se referir a pessoas com qualquer tipo de deficiência).
TERMO CORRETO: pessoas com deficiência (sem especificar o tipo de deficiência). 
Ver os itens 9 e 10.

12. deficiência mental leve, moderada, severa, profunda
TERMO CORRETO: deficiência intelectual (sem especificar nível de comprometimento). A partir da Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual, aprovada em 6/10/04 pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2004), em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o termo “deficiência mental” passou a ser “deficiência intelectual”. Antes, em 1992, a Associação Americana de Deficiência Mental adotou uma nova conceituação da deficiência intelectual (até então denominada “deficiência mental”), considerando-a não mais como um traço absoluto da pessoa que a tem e sim como um atributo que interage com o seu meio ambiente físico e humano, o qual deve adaptar-se às necessidades especiais dessa pessoa, provendo-lhe o apoio intermitente, limitado, extensivo ou permanente de que ela necessita para funcionar em 10 áreas de habilidades adaptativas: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, vida familiar, uso comunitário, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho. Consultar RIO DE JANEIRO (c. 2001). A classificação em leve, moderada, severa e profunda foi instituída pela OMS em 1968 e perdurou até 2004. Consultar BRASIL (2004). Ver os itens 35 e 50.

13. deficiente mental (quando se referir a uma pessoa com transtorno mental)
TERMOS CORRETOS: pessoa com transtorno mental, paciente psiquiátrico. Consultar BRASIL (2001), “lei sobre os direitos das pessoas com transtorno mental.

14. doente mental (quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual)
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência intelectual (esta deficiência ainda é conhecida como deficiência mental). O termo deficiente, usado como substantivo (por ex.: o deficiente intelectual), tende a desaparecer, exceto em títulos de matérias jornalísticas por motivo de economia de espaço. Consultar RIO DE JANEIRO (c. 2001).

15. “ela é cega mas mora sozinha
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘Todo cego não é capaz de morar sozinho’. FRASE CORRETA: “ela é cega e mora sozinha

16. “ela é retardada mental mas é uma atleta excepcional
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘Toda pessoa com deficiência mental não tem capacidade para ser atleta’. FRASE CORRETA: “ela tem deficiência mental [intelectual] e se destaca como atleta

17. “ela é surda [ou cega], mas não é retardada mental
A frase acima contém um preconceito: ‘Todo surdo ou cego tem retardo mental’. Retardada mental, retardamento mental e retardo mental são termos do passado. O adjetivo “mental”, no caso de deficiência, mudou para “intelectual” a partir de 2004. Ver o item 12.  FRASE CORRETA: ela é surda [ou cega] e não tem deficiência intelectual”. 

18. “ela foi vítima de paralisia infantil
A poliomielite já ocorreu nesta pessoa (por ex., ‘ela teve pólio’). Enquanto a pessoa estiver viva, ela tem seqüela de poliomielite. A palavra vítima provoca sentimento de piedade. FRASES CORRETAS: ela teve [flexão no passado] paralisia infantile/ou ela tem [flexão no presente] seqüela de paralisia infantil”.

19. “ela teve paralisia cerebral (quando se referir a uma pessoa viva no presente)
A paralisa cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. FRASE CORRETA: ela tem paralisia cerebral”.    

20. ele atravessou a fronteira da normalidade quando sofreu um acidente de carro e ficou deficiente”
A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável. A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. FRASE CORRETA: “ele teve um acidente de carro que o deixou com uma deficiência”.

21. ela foi vítima da pólio
A palavra vítima provoca sentimento de piedade. TERMOS CORRETOS: pólio, poliomielite e paralisia infantil. FRASE CORRETA: ela teve pólio

22. “ele é surdo-cego
GRAFIA CORRETA: ele é surdocego”.  Também podemos dizer ou escrever: ele tem surdocegueira”.  Ver o item 55.  

23. ele manca com bengala nas axilas”
FRASE CORRETA: ele anda com muletas axilares”. No contexto coloquial, é correto o uso do termo muletante para se referir a uma pessoa que anda apoiada em muletas.

24. ela sofre de paraplegia” [ou de paralisia cerebral ou de seqüela de poliomielite]
A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. FRASE CORRETA: ela tem paraplegia [ou paralisia cerebral ou seqüela de poliomielite].

25. escola normal
No futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra escola sem adjetivá-la. TERMOS CORRETOS: escola comum; escola regular. Ver os itens 7 e 51.

26. esta família carrega a cruz  de ter um filho deficiente”
Nesta frase há um estigma embutido: ‘Filho deficiente é um peso morto para a família’. FRASE CORRETA:  “esta família tem um filho com deficiência”.

27. “infelizmente, meu primeiro filho é deficiente; mas o segundo é normal”
A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável, ultrapassado. E a palavra infelizmente reflete o que a mãe pensa da deficiência do primeiro filho: ‘uma coisa ruim’. FRASE CORRETA: tenho dois  filhoso primeiro tem deficiência e o segundo não tem”.

28. intérprete do LIBRAS
TERMO CORRETO: intérprete da Libras (ou de Libras).  GRAFIA CORRETA: Libras.  Libras é sigla de Língua de Sinais Brasileira: Li = Língua de Sinais, bras = Brasileira. “Libras é um termo consagrado pela comunidade surda brasileira, e com o qual ela se identifica. Ele é consagrado pela tradição e é extremamente querido por ela. A manutenção deste termo indica nosso profundo respeito para com as tradições deste povo a quem desejamos ajudar e promover, tanto por razões humanitárias quanto de consciência social e cidadania. Entretanto, no índice lingüístico internacional os idiomas naturais de todos os povos do planeta recebem uma sigla de três letras como, por exemplo, ASL (American Sign Language). Então será necessário chegar a uma outra sigla. Tal preocupação ainda não parece ter chegado na esfera do Brasil”, segundo CAPOVILLA (2001). É igualmente aceita a sigla LSB (Língua de Sinais Brasileira). A rigor, na grafia por extenso, quando se tratar da disciplina Língua de Sinais Brasileira, escreve-se em maiúsculo a letra inicial de cada uma dessas palavras. Mas, quando se referir ao substantivo composto, grafa-se “língua de sinais brasileira”, tudo em caixa baixa.  Ver os itens 31, 32 e 33.

29. inválido (quando se referir a uma pessoa que tenha uma deficiência)
A palavra inválido significa sem valor. Assim eram consideradas as pessoas com deficiência desde a Antiguidade até o final da Segunda Guerra Mundial. TERMO CORRETO:  pessoa com deficiência.

30. lepra; leproso; doente de lepra
TERMOS CORRETOS: hanseníase; pessoa com hanseníase; doente de hanseníase.  Prefira o termo as pessoas com hanseníase ao termo os hansenianos.  A lei federal nº 9.010, de 29/3/95, proíbe a utilização da palavra lepra e seus derivados, na linguagem empregada nos documentos oficiais. Alguns dos termos derivados e suas respectivas versões oficiais são: “leprologia (hansenologia), leprologista (hansenologista), leprosário ou leprocômio (hospital de dermatologia), lepra lepromatosa (hanseníase virchoviana), lepra tuberculóide (hanseníase tuberculóide), lepra dimorfa (hanseníase dimorfa), lepromina (antígeno de Mitsuda), lepra indeterminada (hanseníase indeterminada)”.  A palavra hanseníase deve ser pronunciada com o h mudo [como em haras, haste, harpa]. Consultar BRASIL (1995). Mas, pronuncia-se o nome Hansen (do médico e botânico norueguês Armauer Gerhard Hansen) com o h aspirado.  

31. LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais
GRAFIA CORRETA: Libras. TERMO CORRETO: Língua de sinais brasileira. Trata-se de uma língua e não de uma linguagem. Segundo CAPOVILLA [comunicação pessoal],Língua de Sinais Brasileira é preferível a Língua Brasileira de Sinais por uma série imensa de razões. Uma das mais importantes é que Língua de Sinais é uma unidade, que se refere a uma modalidade lingüística quiroarticulatória-visual e não oroarticulatória-auditiva. Assim, há Língua de Sinais Brasileira. porque é a língua de sinais desenvolvida e empregada pela comunidade surda brasileira. Não existe uma Língua Brasileira, de sinais ou falada”. Observe-se o título do livro Dicionário enciclopédico trilíngüe da língua de sinais brasileira, v. I e II (CAPOVILLA & RAPHAEL, 2001). Ver os itens 28, 32 e 33.

32. língua dos sinais
TERMO CORRETO: língua de sinais. Trata-se de uma língua viva e, por isso, novos sinais sempre surgirão. A quantidade total de sinais não pode ser definitiva. Ver os itens 28, 31 e 33.

33. linguagem de sinais       
TERMO CORRETO: língua de sinais. A comunicação sinalizada dos e com os surdos constitui um língua e não uma linguagem. Já a comunicação por gestos, envolvendo ou não pessoas surdas, constitui uma linguagem gestual. Uma outra aplicação do conceito de linguagem se refere ao que as posturas e atitudes humanas comunicam não-verbalmente, conhecido como a linguagem corporal. Ver os itens 28, 31 e 32.

34. Louis Braile
GRAFIA CORRETA: Louis Braille. O criador do sistema de escrita e impressão para cegos foi o educador francês Louis Braille (1809-1852), que era cego. Ver os itens 52 e 53.

35. mongolóide; mongol
TERMOS CORRETOS: pessoa com síndrome de Down, criança com Down, uma criança Down. As palavras mongol e mongolóide refletem o preconceito racial da comunidade científica do século 19. Em 1959, os franceses descobriram que a síndrome de Down era um acidente genético. O termo Down vem de John Langdon Down, nome do médico inglês que identificou a síndrome em 1866. “A síndrome de Down é uma das anomalias cromossômicas mais freqüentes encontradas e, apesar disso, continua envolvida em idéias errôneas... Um dos momentos mais importantes no processo de adaptação da família que tem uma criança com síndrome de Down é aquele em que o diagnóstico é comunicado aos pais, pois esse momento pode ter grande influência em sua reação posterior.” (MUSTACCHI, 2000). Consultar PROJETO DOWN (s/d). Ver os itens 12 e 50.

36. mudinho
Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. O diminutivo mudinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. TERMOS CORRETOS:  surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Há casos de pessoas que ouvem (portanto, não são surdas) mas têm um distúrbio da fala (ou deficiência da fala) e, em decorrência disso, não falam.  Ver os itens 46, 56 e 57. 

37. necessidades educativas especiais
TERMO CORRETO: necessidades educacionais especiais.A palavra educativo significa algo que educa. Ora, necessidades não educam; elas são educacionais, ou seja, concernentes à educação” (SASSAKI, 1999). O termo necessidades educacionais especiais foi adotado pelo Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica (Resolução nº 2, de 11-9-01, com base no Parecer CNE/CEB nº 17/2001, homologado pelo MEC em 15-8-01). Esta Resolução, durante o ano de 2005, está sendo reformulada pelo CNE. Consultar CNE (2001).

38. o epilético (ou a pessoa epilética)
TERMOS CORRETOS: a pessoa com epilepsia, a pessoa que tem epilepsia. Evite “o epilético”, “a pessoa epilética” e suas flexões em gênero e número.

39. o incapacitado (ou a pessoa incapacitada)
TERMO CORRETO: a pessoa com deficiência. A palavra incapacitado é muito antiga e era utilizada com freqüência até a década de 80. Evite “o incapacitado”, “a pessoa incapacitada” e suas flexões em gênero e número.

40. o paralisado cerebral (ou a pessoa paralisada cerebral)
TERMO CORRETO: a pessoa com paralisia cerebral. Evite “o paralisado cerebral”, “a pessoa paralisada cerebral” e suas flexões em gênero e número.

41. “paralisia cerebral é uma doença”
FRASE CORRETA: “paralisia cerebral é uma condição” Muitas pessoas confundem doença com deficiência.

42. pessoa normal
TERMO CORRETO: pessoa sem deficiência; pessoa não-deficiente. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.

43. pessoa presa  [confinada, condenada] a uma cadeira de rodas
TERMOS CORRETOS: pessoa em cadeira de rodas; pessoa que anda em cadeira de rodas; pessoa que usa cadeira de rodas. Os termos presa, confinada e condenada provocam sentimentos de piedade. No contexto coloquial, é correto o uso dos termos cadeirante e chumbado.

44. pessoas ditas deficientes
TERMO CORRETO: pessoas com deficiência. A palavra ditas, neste caso, funciona como eufemismo para negar ou suavizar a deficiência, o que é preconceituoso.

45. pessoas ditas normais
TERMOS CORRETOS: pessoas sem deficiência; pessoas não-deficientes. Neste caso, o termo ditas é utilizado para contestar a normalidade das pessoas, o que se torna redundante nos dias de hoje.

46. pessoa surda-muda
GRAFIAS CORRETAS: pessoa surda ou, dependendo do caso, pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. Diferencia-se entre deficiência auditiva parcial (perda de 41 decibéis) e deficiência auditiva total (ou surdez, cuja perda é superior a 41 decibéis), perdas essas aferidas por audiograma nas freqüências de 500Hz, 2.000Hz e 3.000Hz, segundo o Decreto nº 5.296, de 2/12/05, arts. 5º e 70 (BRASIL, 2005). Ver os itens 36, 56 e 57.

47. portador de deficiência
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência. No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo portador de deficiência (e suas flexões no feminino e no plural). Pessoas com deficiência vêm ponderando que elas não portam deficiência; que a deficiência que elas têm não é como coisas que às vezes portamos e às vezes não portamos (por exemplo, um documento de identidade, um guarda-chuva). O termo preferido passou a ser pessoa com deficiência. Aprovados após debate mundial, os termos “pessoa com deficiência” e “pessoas com deficiência” são utilizados no texto da Convenção Internacional de Proteção e Promoção dos Direitos e da Dignidade das Pessoas com Deficiência, em fase final de elaboração pelo Comitê Especial da ONU. Consultar SASSAKI (2003). Ver os itens 2 e 48.

48. PPD’s
GRAFIA CORRETA: PPDs. Não se usa apóstrofo para designar o plural de siglas. A mesma regra vale para siglas como ONGs (e não ONG’s). No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo pessoas portadoras de deficiência. Hoje, o termo preferido passou a ser pessoas com deficiência, motivando o desuso da sigla PPDs. Devemos evitar o uso de siglas em seres humanos. Mas, torna-se necessário usar siglas em circunstâncias pontuais, como em gráficos, quadros, colunas estreitas, manchetes de matérias jornalísticas etc. Nestes casos, a sigla recomendada é PcD, significando “pessoa com deficiência” ou “pessoas com deficiência”. Esta construção é a mesma que está sendo um consenso atualmente em âmbito mundial. Em espanhol: PcD (persona con discapacidad), tanto no singular como no plural, sem necessidade do “s” após PcD. Em inglês: PwD, também invariável em número (person with a disability, persons with disabilities, people with disabilities). Consultar SASSAKI (2003). Ver os itens 2 e 47.

49. quadriplegia; quadriparesia
TERMOS CORRETOS: tetraplegia; tetraparesia. No Brasil, o elemento morfológico tetra tornou-se mais utilizado que o quadri. Ao se referir à pessoa, prefira o termo pessoa com tetraplegia (ou tetraparesia) no lugar de o tetraplégico ou o tetraparético. Consultar BRASIL (2004).

50. retardo mental, retardamento mental
TERMOS CORRETOS: deficiência intelectual. São pejorativos os termos retardado mental, mongolóide, mongol, pessoa com retardo mental, portador de retardamento mental, portador de mongolismo etc. Tornaram-se obsoletos, desde 1968, os termos: deficiência mental dependente (ou custodial), deficiência mental treinável (ou adestrável), deficiência mental educável. Ver os itens 12 e 35.

51. sala de aula normal
TERMO CORRETO: sala de aula comum. Quando todas as escolas forem inclusivas, bastará o termo sala de aula sem adjetivá-lo. Ver os itens 7 e 25.

52. sistema inventado por Braile
GRAFIA CORRETA: sistema inventado por Braille. O nome Braille (de Louis Braille, inventor do sistema de escrita e impressão para cegos) se escreve com dois l (éles). Braille nasceu em 1809 e morreu aos 43 anos de idade. Ver os itens 34, 53 e 58.

53. sistema Braille
GRAFIA CORRETA: sistema braile. Conforme MARTINS (1990), grafa-se Braille somente quando se referir ao educador Louis Braille. Por ex.: ‘A casa onde Braille passou a infância (...)’. Nos demais casos, devemos grafar: [a] braile (máquina braile, relógio braile, dispositivo eletrônico braile, sistema braile, biblioteca braile etc.) ou [b] em braile (escrita em braile, cardápio em braile, placa metálica em braile, livro em braile, jornal em braile, texto em braile etc.). NOTA: Em 10/7/05, a Comissão Brasileira do Braille (CBB) recomendou a grafia “braille”, com “b” minúsculo e dois “l” (éles), respeitando a forma original francesa, internacionalmente empregada (DUTRA, 2005), exceto quando nos referirmos ao educador Louis Braille. Ver os itens 34, 52 e 58.

54. “sofreu um acidente e ficou incapacitado”
FRASE CORRETA: “teve um acidente e ficou deficiente”. A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade.

55. surdez-cegueira
GRAFIA CORRETA: surdocegueira. No que se refere à comunicação das (e com) pessoas surdocegas, existem a libras tátil (libras na palma das mãos) ou o tadoma (pessoa surdocega coloca sua mão no rosto do interlocutor, com o polegar tocando suavemente o lábio inferior e os outros dedos pressionando levemente as cordas vocais). O método tadoma foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1926, quando Sophia Alcorn conseguiu comunicar-se com os surdocegos Tad e Oma, nomes que deram origem à palavra “tadoma”. Ver o item 22.

56. surdinho
TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. O diminutivo surdinho denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. Os próprios cegos gostam de ser chamados cegos e os surdos de surdos, embora eles não descartem os termos pessoas cegas e pessoas surdas. Ver os itens 36, 46 e 57.

57. surdo-mudo
GRAFIAS CORRETAS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra mudo não corresponde à realidade dessa pessoa. Ver os itens 36, 46 e 56.

58. texto (ou escrita, livro, jornal, cardápio, placa metálica) em Braille
GRAFIAS CORRETAS: texto em braile; escrita em braile; livro em braile; jornal em braile; cardápio em braile; placa metálica em braile. Consultar DUTRA (2005). Ver NOTA no item 53.

59. visão sub-normal
GRAFIA CORRETA: visão subnormal. TERMO CORRETO: baixa visão. Existem quatro condições de deficiência visual: 1. cegueira (acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica); 2. baixa visão (acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica); 3. casos cuja somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; 4. ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores, de acordo com o Decreto nº 5.296, de 2/12/04, arts. 5º e 70 (BRASIL, 2004). Ver o item 6.

Fonte: SASSAKI, Romeu Kazumi. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano 5, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9.


* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL E NA GRAMÁTICA ANTIGA.