terça-feira, 12 de julho de 2011

QUASÍMODO



Quasímodo é o personagem central do livro Notre-Dame de Paris, de autoria de Victor Hugo, publicado em 1831.

Quasimodo nasceu com uma notável deformação física, descrita por Victor Hugo como uma enorme verruga que cobre seu olho esquerdo e uma grande corcunda. 

Abandonado ainda criança em um domingo de Páscoa, foi adotado pelo arcediago Claude Frollo, que o designou para ser sineiro da Catedral de Notre-Dame de Paris. Devido ao alto som dos sinos da catedral, Quasimodo acaba por ficar surdo.

Visto como um monstro pela população de Paris, Quasimodo mais tarde apaixona-se pela cigana Esmeralda e a salva quando ela se envolve em um assassinato.




A HISTÓRIA ORIGINAL

A obra veio a público originalmente com o título de "Notre-Dame de Paris", e nem sequer se centrava na personagem que a eternizou, uma vez que só quando foi traduzida para a língua inglesa, em 1833, este nome apareceu no título. Em sua origem, constituía-se em um romance histórico, voltado para o público adulto, com o intuito de conscientizá-lo para a necessidade de se conservar a Catedral de Notre-Dame.

Na obra, Victor Hugo não se limita a descrever apenas a antiga catedral, mas ilustra historicamente a sociedade da Paris medieval, e os contrastes dos seus personagens, desde os pedintes e ciganos ao rei e à nobreza.

A história passa-se em 1482, em Paris, a capital de França. A ação desenrola-se dentro e em torno da Catedral de Notre-Dame, na Île de la Cité, no meio do rio Sena. Aqui estavam situadas os dois grandes monumentos da cidade à época: a Catedral e o Palácio da Justiça, o que centralizava, na ilha, a religião e o governo de Paris.

A Catedral, construída em 1330, era a principal igreja de Paris. Além de importante local de oração, aceitava órfãos e pessoas que ali procuravam refúgio da lei.

As personagens da história provêm de todas as camadas sociais existentes em Paris na Idade Média: membros do clero e fidalgos cruzavam-se com ciganos e mendigos nas ruas da Île de la Cité. Luís XI de França era o soberano à época, e costumava assistir diariamente à missa na Catedral.

Paris não possuía uma força policial. Oficiais da guarda pessoal do rei e grupos de fidalgos patrulhavam as ruas para manterem a ordem.

Havia então em Paris muitos pobres e sem-abrigo. Alguns destes proscritos eram pedintes, ciganos, pessoas com deficiências, doentes e ladrões. Estes elementos eram percebidos pela sociedade como uma ameaça. O povo cigano era nómada e viajava de cidade em cidade. Alguns ganhavam a vida exibindo-se nas ruas da cidade.

A obra gira em torno de um homem coxo e deformado que foi adotado pelo arquidiácono Claude Frollo. Batizado de Quasímodo, enfrenta uma série de peripécias por conta de um amor não correspondido por uma bela cigana, Esmeralda.

Esmeralda é uma personagem que representa uma espécie de beleza suprema, quase celestial, o que faz com que dois homens, Quasimodo e Dom Claude se apaixonem por ela.

São duas formas de amar diferentes. Quasimodo ama-a de uma forma desinteressada, enquanto Frollo nutre por ela uma enorme paixão, repleta de desejo sexual, embora muitas vezes se note uma grande ternura e carinho pela cigana.

No entanto, Esmeralda, não corresponde ao amor de nenhum dos dois, preferindo amar Phoebus, um soldado que apesar de dizer que a ama, tem uma noiva e não nutre nenhum tipo de sentimento por Esmeralda, a não ser desejo.

A narrativa trata de cada personagem com profundidade, e há quem considere Claude Frollo a personagem mais profunda do livro.



SINOPSE

Em Paris do século XV, uma jovem e orgulhosa cigana, chamada Esmeralda, dança na praça da Catedral de Notre Dame. Sua beleza transtorna o arquidiácono Claude Frollo, que, perturbado pela beleza da moça e querendo afastar-se dessa tentação, ordena que seu sineiro, o disforme Quasímodo, rapte a moça. Esmeralda é salva por um grupo de arqueiros, comandado pelo capitão da guarda Phoebus de Châteaupers. Quando a cigana reencontra Phoebus, alguns dias mais tarde, ela demonstra todo o amor que passou a dedicar-lhe. Apesar de comprometido com a jovem Fleur-de-Lys (em em português: "Flor de Lis"), Phoebus fica seduzido pela cigana. Ele marca um encontro com ela em um local fechado mas, quando está chegando a seu objetivo, Frollo aparece e o apunhala.

Acusada de assassinato, a bela Esmeralda não aceita, para escapar do suplício, se entregar a Frollo. Quando é levada ao átrio da catedral para receber a sua sentença de morte, Quasímodo - que também a ama, porém de forma desinteressada - se apossa dela e a leva para dentro da igreja, onde a lei de abrigo a torna protegida. Quasimodo passa a noite tratando dela.

No entanto, os vagabundos com quem Esmeralda vive vêm libertá-la. Frollo aproveita-se do tumulto formado para levá-la com ele e tenta seduzi-la. Furioso com sua recusa, ele a entrega às garras de uma velha reclusa do "buraco dos ratos", uma eremita enterrada por sua vontade nesse buraco no chão e considerada louca. Porém, ao invés de despedaçar Esmeralda, a velha reconhece na cigana sua própria filha e a poupa. Esmeralda não consegue desfrutar de uma paz muito longa; logo em seguida, os guardas da cidade a encontram e ela é encaminhada novamente para a sua execução, na praça da catedral.

Do alto da Igreja de Nossa Senhora, Quasímodo e Frollo assistem à execução. Quasímodo, louco de desespero, atira o padre do alto da torre e desaparece para sempre. Muito tempo depois, ao ser aberto o ossário de Montfaucon, são encontrados dois esqueletos abraçados; um deles, com uma visível deformação da espinha.


FONTE: WIKIPÉDIA

* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

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