quinta-feira, 31 de maio de 2012

PREFEITO DE RJ SANCIONA LEI 5.416 QUE BENEFICIA A ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS TDAH



OFÍCIO GP n.º 500/CMRJ Em 29 de maio de 2012.

Senhor Presidente,
Dirijo-me a Vossa Excelência para comunicar que, nesta data, sancionei o Projeto de Lei n.º 710, de 2010, de autoria do Ilustre Senhor Vereador Tio Carlos, que “Dispõe sobre as diretrizes adotadas pelo Município para realizar a orientação a pais e professores da Cidade do Rio de Janeiro sobre as características do transtorno do déficit de atenção - TDA”, cuja segunda via restituo-lhe com o presente.

Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Excelência meus protestos de estima e distinta consideração.
 
EDUARDO PAES

LEI N.º 5.416 DE 29 DE MAIO DE 2012

Dispõe sobre as diretrizes adotadas pelo Município para realizar a orientação a pais e professores da Cidade do Rio de Janeiro sobre as características do transtorno do déficit de atenção –TDA.
Autores: Vereador Tio Carlos

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam estabelecidas nesta norma as diretrizes doravante adotadas pelo Poder Executivo para realizar o encaminhamento para diagnóstico, tratamento e o acompanhamento dos alunos da rede de ensino
fundamental do Município do Rio de Janeiro, portadores de Transtorno do Déficit de Atenção, doravante denominado TDA.

Parágrafo único. Para efeitos desta Lei, serão considerados os casos de TDA que apresentem ou não características de Hiperatividade.

Art. 2º As diretrizes mencionadas no art. 1º desta Lei são:
I – orientações a professores, coordenadores, diretores escolares e todo e qualquer agente educacional público do Município, fornecidas e ministradas por profissionais de saúde gabaritados, contendo os aspectos globais do TDA e suas implicações, com o objetivo precípuo de identificar possíveis portadores do transtorno entre os alunos do ensino fundamental;
II – encaminhamento dos possíveis casos de TDA pela diretoria do equipamento de ensino público municipal do qual façam parte, para diagnóstico e tratamento nos equipamentos do Sistema Único de Saúde - SUS;
III – tratamento diferenciado e adequado nos equipamentos de ensino fundamental municipais, em consonância com a sintomatologia do distúrbio, para os alunos que sejam diagnosticados como portadores de TDA;
IV – conscientização e amplo fornecimento de informações àqueles envolvidos com o universo do portador, como pais, responsáveis, irmãos e todo e qualquer indivíduo que faça parte do círculo pessoal direto do mesmo;
V – acompanhamento do aluno portador de TDA durante todo o período do curso fundamental, com recomendações clínicas e escolares quando da transição para o ensino médio;
VI – disponibilização de remédios associados ao tratamento do TDA nos equipamentos de saúde pública municipais.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

EDUARDO PAES


FONTE: http://www.tdah.org.br

LUIZ EDUARDO RODRIGUES, CEGO, FAZ CURSO DE VIOLÃO


CRIANÇA TOCANDO TICO TICO NO FUBÁ


CEGOS DÃO EXEMPLO DE SUPERAÇÃO - PARTE 2


CEGOS DÃO EXEMPLO DE SUPERAÇÃO - PARTE 1


CAMPANHA CONTRA HOMOFOBIA


DON'T STOP BELIEVING EM ASL


RECLAMAS DE QUÊ MESMO????


AMPUTADOS SUPERANDO LIMITES


AKIANE, A MENINA PRODÍGIO


quarta-feira, 30 de maio de 2012

PENSE EM TUDO O QUE SE PERDEU!!!


A vida é como um piquenique numa tarde de domingo, ela não dura muito tempo. Só olhar o sol, sentir o perfume das flores ou respirar o ar puro já é uma dádiva. Mas se tudo o que fazemos é ficar discutindo onde pôr a toalha, quem vai sentar em que canto, quem vai ficar com a maçã ou com a laranja..., que desperdício! Mais cedo ou mais tarde o tempo fecha, a tarde cai e o piquenique acaba. E tudo o que fizemos foi ficar discutindo em implicando uns com os outros. Pense em tudo o que se perdeu.  
Chagdud Tulku Rinpoche

ALGUNS SINAIS EM LIBRAS


HOMENAGEM AO DIA DO PEDAGOGO


A ESCRITA É PARA A VIDA...


segunda-feira, 28 de maio de 2012

ALFABETO BRAILLE


QUEM INVENTOU A BENGALA BRANCA???




POR: Irene de Barros Pereira

A bengala branca é sem dúvida um dos principais meios de acessibilidade e o mais importante recurso de mobilidade para o deficiente visual, tornando-o independente e trazendo a segurança necessária no seu dia a dia.

Em muitos casos o uso da bengala é o resultado de um processo de reabilitação ou habilitação em instituições especializadas no assunto. Após este processo a bengala fará parte do deficiente visual como se fosse um membro ou algo parecido.

Com tanta importância na vida do deficiente visual me pergunto e não é de hoje, quem inventou a bengala branca? Perguntei aqui e ali e ninguém soube me responder. O meu consolo? Não ser a única ignorante no assunto. Mas a curiosidade continuou: quem inventou a bengala? Quem teve a brilhante ideia de usá-la pela primeira vez? QUEM?

·         A surpresa da descoberta:
Descobri o óbvio, desde sempre, desde os tempos bíblicos a humanidade já usava um bastão, vara, cajado... Essas palavras lhe são familiares? É claro que são. Quem nunca ouviu falar do cajado de Moisés abrindo o mar para que os judeus escapassem dos egípcios?

A gente só se dá conta de que era uma bengala quando pensa no assunto, pois ele o usava em suas andanças pelo deserto, inclusive para pastorear as ovelhas assim como tantos outros que desvendavam os mistérios de terrenos bem acidentados como os do deserto com o auxílio de um cajado.

Se pensarmos um pouco mais, nos daremos conta de que reis, papas e imperadores também usavam e usam um cajado, vara, bengala ou cetro, que fica mais bonitinho, além de lhes conferir realeza e dignidade, aliás, podemos pensar nisso com mais cuidado, afinal a realeza é para poucos, mas a dignidade é direito de todos.

Se olharmos historicamente para a humanidade, veremos que em muitos momentos as pessoas usavam bastões ou varas como um prolongamento do braço para desse modo desvendar os obstáculos do espaço à sua frente.

Então, voltando à literatura histórica e bíblica há mais de uma passagem onde se fala do cajado e ela sempre estava nas mãos de homens mais velhos, logo, homens com alguma dificuldade visual ou física por conta da idade. Em outros registros em gravuras, nota-se o uso de bastões ou cajados por pessoas cegas.

Há registros dando conta de que pessoas cegas também se utilizavam da companhia de cães, claro que tudo era feito na base da intuição ou improvisação. Fica claro então, que terrenos inapropriados impunham aos cegos a companhia de guias videntes ou a reclusão no ambiente do lar quando não, em depósitos de gente estranha e diferente.
É bom lembrar que esse estigma nos acompanhou até bem pouco tempo, embora ainda nos dias de hoje não seja incomum encontrar alguém que tenha ouvido uma dessas frases: "o que esse cego está fazendo na rua?", ou "devia ficar em casa!". Aposto que alguém conhece alguém que já ouviu algo semelhante.
·         Avançando no tempo
Os tempos mudaram as mentalidades também e graças a isso, escolas para cegos foram abertas e a criação do sistema braille possibilitou a proximidade dos cegos com as letras, a aritmética ou matemática, a história e todas as ciências, ou seja, os cegos tinham para onde ir e onde se instruir, o que lhes faltava era um meio bom e seguro para fazer essa locomoção.

Na primeira metade do século XX, a volta para casa de soldados cegos, europeus e norte-americanos, depois da primeira e segunda grande guerra, provocou o desejo de se fazer algo para a inserção desses soldados na sociedade, logo perceberam que a locomoção segura e independente seria o primeiro passo nessa direção e a partir dos avanços das tecnologias e das iniciativas da época, a história individual e social da vida dos deficientes visuais mudou radicalmente.

·         Avanços que mudaram a história dos deficientes visuais até aquele momento:
- 1784 – a criação de escola para cegos, iniciada por Valentin Haüy;
- 1825 – invenção do Sistema Braille por Louis Braille;
- 1930 – primeira providência no sentido de serem usadas bengalas brancas com extremidade inferior vermelha, para identificar seu portador, suscitar eventuais ajudas pelos pedestres videntes e alertar os condutores de veículos, foi de George Benham, presidente do Lion's Club do estado de Illinois, Estados Unidos;
- 1930 – o Lions Club Peoria Illinois (EUA), apresentou uma proposta de lei que após ser aprovada foi chamada Lei da Bengala Branca. Dava prioridade no trânsito ao deficiente visual que portasse uma bengala branca;
- 1940 – o norte-americano, Dr. Richard Hoover (1915-1986), professor especializado no ensino de cegos, engajado na reabilitação de militares deficientes, desenvolveu técnicas específicas de locomoção e criou um modelo padronizado de bengala longa, hoje universalmente adotados;
- 1970 – foi instituído o dia Internacional da Bengala Branca de Segurança ("International White Cane Safety Day"), sob iniciativa da Federação Internacional dos Cegos ("International Federation of the Blind"), em Paris. Muitos países comemoram esta data como meio de divulgar as conquistas das pessoas cegas no exercício de seu direito de locomoção em espaços sejam eles públicos ou privados;
- 1964 – a Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos ("National Federation of the Blind" -- NFB), sob a liderança de seu presidente, Dr. Jacobus tenBroek (1911-1968), em campanha nacional, obteve do Congresso norte-americano, a Resolução HR 753, que autoriza o Presidente dos Estados Unidos a proclamar anualmente o dia 15 de outubro como o "Dia da Bengala Branca de Segurança", cujo primeiro ato foi assinado em outubro daquele ano pelo presidente Lyndon Johnson.

O Dr. tenBroek, cego desde tenra idade, brilhante professor universitário, elaborou um modelo de lei sobre a Bengala Branca, que em seu primeiro artigo estabelece:
"É política deste Estado estimular e capacitar os cegos, os deficientes da visão e os deficientes físicos a participar plenamente da vida social e econômica do Estado e serem aproveitados em atividades remuneradas".

Essa é a realidade dos norte-americanos, pelo menos em tese, não conhecemos a realidade deles de fato, mas sabemos que no Brasil, com exceção dos que ainda têm vergonha, a vergonha faz parte do processo de muitos assim como outros motivos, veja o que a Marly Solanowski nos conta em seu depoimento que é bem interessante, a bengala é amplamente usada pelos deficientes visuais.

·         Conclusão:
Como podemos perceber com esses dados históricos, a bengala branca, assim como muitas outras coisas, não foi criada por uma só pessoa. Foi um processo de evolução de ideias de acordo com a necessidade de cada período histórico citado acima, ou seja, no final das contas quem inventou a bengala de fato foi a necessidade.

Embora a grande maioria use a bengala branca, ou longa, vemos em todos os lugares, uma diversidade de cores e de materiais. Claro que essa diversidade vem acompanhada de custos igualmente diversos, dando a cada um a possibilidade de escolher o que mais agrada ou cabe em seu bolso.

Ao nos recusarmos em fazer uso da bengala, seria bom lembrarmos dela em seu contexto histórico, pois assim caminha a humanidade, com altos e baixos ou seja, realeza, dignidade, vergonha e preconceito fazem parte de sua mentalidade, a pergunta é: onde eu me encaixo, qual minha visão sobre esse tema e mais, qual a visão que tenho de mim, porque no final das contas é essa visão que importa, inclusive para os outros.




 Fonte: http://www.movimentolivre.org/



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

sábado, 26 de maio de 2012

A EDUCAÇÃO TEM RAÍZES AMARGAS...


NA ADVERSIDADE NEM SEMPRE PRECISAMOS DE PALAVRAS...


AS MELHORES VIAGENS DA MINHA VIDA EU FIZ SEM SAIR DO LUGAR...


SEMPRE MUDE SEU MODO DE OLHAR AS COISAS!!!


FAZER SEMPRE O BEM SEM OLHAR A QUEM...


INSANIDADE...


RENASCER NA MESMA VIDA É INCRÍVEL!!!


ACESSIBILIDADE: UM DIREITO, UM DESAFIO, UM SONHO PELO QUAL LUTAMOS


A EDUCAÇÃO É MAIS QUE UMA ARMA QUE PODE MUDAR O MUNDO...


FELIZ DAQUELE QUE TRANSFERE O Q SABE


NÃO IMPORTA O TAMANHO DO OBSTÁCULO


sexta-feira, 25 de maio de 2012

TESTES DE PERSONALIDADE



Traços são formas de comportamento ou tendências para agir de determinadas maneiras; podem derivar de necessidades.

Ajustamento é uma qualidade geral de comportamento, aglomerado de tendências ou traços.

Valores são os objetivos que alguém procura atingir, para satisfazer uma necessidade.

É muito difícil demonstrar que traços de personalidade presumidos servem para diferençar grupos de pessoas e prever comportamentos em diferentes ocupações, embora haja alguma evidência de que os traços de personalidade têm influência no comportamento ocupacional e afetam a escolha da ocupação e o êxito.

Muitas vezes há superposição de ocupações com traços semelhantes.

Possível conclusão de que há lugar para personalidades muito diferentes em qualquer ocupação, e de que há pessoas com dado conjunto de traços de personalidade que encontram vazão para suas tendências de comportamento e estilo pessoal em muitas ocupações.

Testes de ajustamento e inventários não servem para diferençar um grupo ocupacional de outro. Isso por causa da complexidade dos determinantes da escolha ocupacional.

A preocupação em estudar o comportamento humano e principalmente as diferenças e características da personalidade têm registro desde de 2200 a.C. na China (Wainer, 2000).

Importantes tentativas de descrever e compreender o ser humanos através de testes fisiológicos, testes psicológicos e testes de personalidade, foram realizados por diferentes pesquisadores com diferentes populações em diferentes partes do mundo ao longo dos tempos.

Um estudo experimental dos traços de personalidade, que seria a base dos futuros estudos na psicologia da personalidade realizados por Allport (1961) em uma universidade.

Nesse estudo sustentava que cada pessoa tem um certo número de traços específicos que constituem e predominam em sua personalidade, o que ele denominou traços centrais. Já os traços que ocasionalmente predominam sobre outros são chamados traços cardinais. 

Para Allport tanto os traços centrais como os cardinais surgem de comportamentos e interações específicas de cada criança, e com seu desenvolvimento e interação no mundo, alguns traços se tornam funcionalmente autônomos, constituindo a personalidade do indivíduo adulto.

Um outro autor importante foi Eysenck que contribuiu de forma significativa para o avanço das teorias cientificas da personalidade.

Eysenck desenvolveu métodos de avaliação da personalidade utilizando a análise fatorial e afirmava que a personalidade é composta de traços ou fatores produzidos a partir da análise fatorial, entretanto foi crítico em relação à subjetividade em sua técnica.

Eysenck (1947) propôs duas as dimensões primárias da personalidade e, depois nos anos 70 sugeriu uma terceira dimensão. Essas são:
- Extroversão (referindo as experiências emocionais positivas e sociais)
- Neuroticismo (referindo as experiências emocionais negativas).
- Psicotismo (referindo-se ao controle dos impulsos emocionais)

Dentre as escalas psicométricas de avaliação da personalidade baseadas no modelo de Eysenck temos: Maudsley Medical Questionnaire, Eysenck Personality Inventory (EPI), Eysenck Personality Questionnaire (EPQ) Sensation Seeking Scale (desenvolvida em colaboração com Marvin Zuckerman). The Eysenck Personality Profiler (EPP).

Uma outra teoria muito conhecida e utilizada em todo o mundo é a teoria dos Cinco Grandes Fatores ou “Big Five”.

O modelo do Big Five começou a ser estruturado em 1930, quando McDougall sugeriu analisar a personalidade a partir de cinco fatores independentes que, na época, foram denominados intelecto, caráter, temperamento, disposição, e humor.

Os estudos anteriores de Allport, Eysenck e outros colaboradores resultaram na descrição dos cinco grandes fatores da personalidade: Neuroticismo, Extroversão, Franqueza, Afabilidade e Consciência.


FONTE: http://www.psicologiananet.com.br 





* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS PARA SE IDENTIFICAR TDAH EM ADULTOS


 O diagnóstico do TDAH em adultos não pode ser firmado por uma única via de investigação, sendo assim, os testes psicológicos vem a ser elementos auxiliares, de utilidade quando se investigam distúrbios de aprendizado ou de deterioração mental para fins de diagnóstico diferencial ou comorbidade (Nadeau, 1995).

Tendo em vista que o TDAH é um transtorno que mostra uma disfunção executiva, acredita-se que instrumentos neuropsicológicos que avaliem esta disfunção possam auxiliar no diagnóstico dos adultos, mesmo que ainda não haja pesquisas relevantes neste sentido (é importante salientar que outros transtornos também alteram as funções executivas). Segue-se uma lista de instrumentos que avaliam aspectos neuropsicológicos que possam auxiliar neste diagnóstico. Alguns destes instrumentos não estão traduzidos ou mesmo validados para uso no Brasil, conforme Resolução nº 02/2003 do Conselho Federal de Psicologia. Aqueles que estão liberados para uso no Brasil estão marcados com um asterisco e aqueles que estão em processo de análise estão marcados com dois asteriscos. As entrevistas, por sua vez, não necessitam submeter-se a este processo de avaliação.

1. AHA (Assessment of Hyperactivity and Attention): É uma escala breve de auto-avaliação, tipo entrevista semi-estruturada, baseada nos critérios do DSM-IV (Mehringer, Downey, Schuh, Pomerleau, Snedecor & Schbiner, 2002).

2. WCST- Wisconsin*: teste de classificação de cartas de Wisconsin, com o objetivo de avaliar o raciocínio abstrato, e a habilidade para trocar estratégias cognitivas como resposta a eventuais modificações ambientais. Pode ser considerada uma medida da função executiva, que requer habilidade para desenvolver e manter estratégias de solução de problemas que implicam trocas de estímulos. O WCST freqüentemente é utilizado como teste do funcionamento frontal e pré-frontal. Desta maneira, qualquer irregularidade médica ou psicológica que desorganize as Funções Executivas total ou em parte se torna sensível a este instrumento de avaliação (Cunha, Trentini, Argimon, Oliveira, Werlang, Prieb, no prelo; Soprano, 2003).

3. D-2 Teste de Atenção Concentrada*: Teste de cancelamento que tem como objetivo a medida de atenção concentrada, da capacidade de concentração e análise da flutuação da atenção. Examina, então, distúrbios da atenção (Brickenkamp, 2002; Spreenh & Strauss 1998).

4. Teste Stroop de Cores e Palavras: Tem como objetivo avaliar a presença de comprometimentos pré-frontais, que aparecem sempre que o indivíduo apresentar uma dificuldade para inibir respostas previamente aprendidas, o chamado “efeito Stroop”. A tarefa proposta pelo teste indica que o sujeito nomeie as cores e não as palavras. Ou seja, diga quais são as cores das palavras (Rohde, Mattos & colaboradores,2003).

5. Figuras Complexas de Rey**: Teste de cópia e reprodução de memória de figuras geométricas complexas que visa avaliar a atividade perceptiva e a memória visual, verificar o modo como as crianças aprendem os dados perceptivos que lhe são apresentados e o que foi conservado espontaneamente pela memória (Rey, 1999).

6. MINI International Neuropsychyatric Interview (M.I.N.I): é uma entrevista diagnóstica padronizada breve (15-30 minutos), elaborada de acordo com os critérios do DSM-III/IV e da CID-10, que se destina a utilização na prática clínica e na pesquisa. Foi traduzida e adaptada por Amorim (2000). Pode ser aplicado na clínica como um exame complementar, permitindo a coleta sistemática de informações necessárias para o estabelecimento de hipóteses diagnósticas. Trata-se de um instrumento indicado para melhorar a precisão do diagnóstico de diversos transtornos mentais, que no caso do TDAH auxilia na avaliação das comorbidades.

7. Torre de Londres, Torre de Hanói e Torre de Toronto: A Torre de Hanói é um instrumento neuropsicológico no qual o sujeito determina a ordem de movimentos necessários para colocar quatro cilindros coloridos de acordo com a posição inicial. As condições para a realização dos movimentos são de mover os cilindros um de cada vez, e não pode ter um cilindro em cima do outro em tamanho menor. A Torre de Londres e de Toronto são similares à Torre de Hanói (Saboya, Franco & Mattos, 2002).

8. Teste Visomotor de Bender**: Técnica constituída por nove desenhos geométricos, utilizando pontos, linhas retas e curvas, ângulos, numa variedade de relações. É uma medida de maturação visomotora ou perceptual e investiga alterações do desenvolvimento neurológico, problemas de ajustamento e triagem de comprometimento orgânico-cerebral (Cunha & col., 1993).

9. IMO- Índice de Memória de Operacional do WAIS III- Escala de Inteligência Wechsler para Adultos Terceira Edição*: O Índice de Memória de Trabalho é composto pelos dos subtestes Aritmética, Dígitos e SNL – Seqüência de Números e Letras – do WAIS III. Este instrumento avalia a capacidade para atentar-se para a informação, mantê-la e processá-la e em seguida dar uma resposta (Primi, 2002). 

10. Tavis 2-R*: Trata-se de um instrumento computadorizado para avaliação da atenção desenvolvido e normatizado no Brasil, caracterizando-se como um teste neuropsicológico (Cruz, Alchieri & Sarda, 2002). O teste avalia aspectos diferentes da atenção (atenção seletiva, alternância e sustentação da atenção). A aplicação restringe-se atualmente a crianças e adolescentes.

11. Escalas Beck*: O Inventário de Depressão de Beck e o Inventário de Ansiedade de Beck podem ser usados como medida de auto-avaliação de depressão e ansiedade (Cunha, 1993, 2001). As duas escalas podem ser úteis no sentido de auxiliar a identificação das comorbidades.

Testes projetivos e de personalidade como HTP, TAT, Rorschach, Zulliger, IFP, entre outros, podem ajudar no diagnóstico diferencial, identificando as comorbidades, apesar de Cruz e colaboradores (2002) afirmarem que não existem pesquisas que sustentam o uso dos instrumentos projetivos para a avaliação do transtorno.

Exames de neuroimagem (tomografia, ressonância magnética ou SPECT cerebral) podem ser pesquisados (Rohde, 2000). Contudo, o eletroencefalograma dos portadores de TDAH não apresenta anormalidades típicas capazes de auxiliar o diagnóstico, embora se tenha conhecimento de que nesses pacientes pode aparecer um traçado anormal, com alterações inespecíficas (Cabral, 2003).


FONTE: http://www.psicologiananet.com.br/



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

CRIANÇAS DDA OU TDAH



O Transtorno de Déficit de Atenção TDA ou DDA ocorre em uma parcela considerada da população infantil e pode ser diagnosticado precocemente, como forma de obter tratamento antecipado e consequentemente com menor risco ou debito nas crianças.

O TDAH ou DDAH ocorre com a presença da hiperatividade, pois quase sempre crianças que apresentam déficit de atenção também apresentam hiperatividade, uma vez que não conseguem se concentrar em atividades, nunca terminando uma atividade e já em seguida se envolvendo em mais do que uma ação.

As crianças com TDAH são identificadas como desobedientes, mal educadas, preguiçosas e inconvenientes. Apresentam-se com dificuldades para seguir normas e regras, problemas de conduta e agressividade, baixo rendimento escolar ou problemas de aprendizagem, dificuldades em se relacionar com as pessoas e, geralmente, baixa auto-estima (Benczik, 2000).

Os sintomas surgem cedo na vida da criança, mas só vão se tornar mais pronunciados durante o processo de aprendizagem na escola, pois aí é exigido dela que permaneça sentada e com a atenção focada em algo (Benczik, 2000).

A ocorrência destes sintomas isoladamente não caracteriza o transtorno. Deve-se observar também se houve um evento desencadeador (por exemplo o divórcio dos pais) e por quanto tempo os sintomas permaneceram (Rohde e cols., 2000).

De acordo com o DSM-IV (APA, 1994), a pessoa deve apresentar seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistentes por no mínimo seis meses, em grau que compromete a adaptação e é incompatível com o nível de desenvolvimento:
  • freqüentemente não presta muita atenção nos detalhes ou comete erros por descuido nos deveres escolares, no trabalho ou em outras atividades;
  • freqüentemente mostra dificuldade em manter a atenção em tarefas ou jogos;
  • freqüentemente parece não escutar o que lhe falam;
  • freqüentemente não obedece às instruções passo a passo e não completa deveres, ou tarefas no trabalho (sem ser devido a comportamento de oposição ou por dificuldade de entender as instruções);
  • freqüentemente tem dificuldade em ser organizado em trabalhos ou outras atividades;
  • freqüentemente evita, se incomoda ou se mostra relutante em envolver-se em tarefas que exigem um esforço mental prolongado (tais como deveres escolares ou trabalhos de casa);
  • freqüentemente perde objetos necessários para suas atividades, por exemplo, deveres, lápis, livros ou outros utensílios;
  • com freqüência se distrai facilmente devido a estímulos externos;
  • esquece-se freqüentemente de suas atividades diárias.
Deve apresentar seis ou mais dos seguintes sintomas persistentes por no mínimo seis meses, em grau que compromete a adaptação e é incompatível com o nível de desenvolvimento:
Hiperatividade:
  • freqüentemente está mexendo com as mãos ou os pés ou se revira na cadeira;
  • freqüentemente se levanta da cadeira em situações nas quais o esperado é que ficasse sentado;
  • freqüentemente corre ou sobe em locais inadequados (em adolescentes ou adultos, pode se limitar a uma sensação subjetiva de inquietação);
    • freqüentemente tem dificuldade em brincar ou praticar qualquer atividade de lazer sossegadamente;
    • freqüentemente está muito ocupado ou freqüentemente age como se estivesse “elétrico”;
    • freqüentemente fala em excesso.
Impulsividade:
  • com freqüência responde precipitadamente antes de ouvir a pergunta toda;
  • freqüentemente tem dificuldade em esperar sua vez;
  • freqüentemente interrompe ou se intromete na fala dos outros (por exemplo, invade conversa ou jogos de outros).
Os critérios gerais para o diagnóstico são:
  1. Presença de seis (ou mais) dos sintomas de desatenção e/ou seis (ou mais) de hiperatividade-impulsividade, por pelo menos seis meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.
  2. Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção que causam prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
  3. Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (escola, casa, trabalho).
  4. Deve haver clara evidência de prejuízo clinicamente significativo.
  5. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de outros transtornos mentais.


FONTE: http://www.psicologiananet.com.br/



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

JEREMY JOSEPH (CHOSEN), PRIMEIRO RAPPER SURDO AMERICANO


ENSINANDO LIBRAS: VESTUÁRIO


ENSINANDO LIBRAS: MEIOS DE COMUNICAÇÃO


ENSINANDO LIBRAS: FAMÍLIA


ENSINANDO LIBRAS: DATAS COMEMORATIVAS


ENSINANDO LIBRAS: BRINQUEDOS


ENSINANDO LIBRAS: ANIMAIS


ENSINANDO LIBRAS: ALIMENTOS


ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES


sexta-feira, 18 de maio de 2012

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO PARA SURDOS

Por PAULO CESAR DA SILVA GONÇALVES


Introdução

Uma das grandes dificuldades do surdo é lidar com suas emoções e sentimentos.  Não porque seja diferente dos ouvintes, que vivem os mesmos conflitos e angústias, mas pela inexistência de um sistema de atendimento psicológico que contemple suas necessidades e peculiaridades.

Nos últimos dez anos temos observado um movimento crescente em direção à inclusão social dos surdos, com iniciativas do poder público e da sociedade em geral, mas a maioria delas se destinam à educação do surdo, ao ensino da Língua Brasileira de Sinais-Libras, formação de professores especializados, intérpretes, além de uma grande quantidade de trabalhos acadêmicos visando desvendar o mundo dos surdos, mas muito pouco tem-se avançado no tratamento psicológico das pessoas portadoras de surdez.

Com base em minha experiência clínica de atendimento ao surdo, iniciada há dez anos, em Brasília, já é possível fazer uma avaliação do progresso e das dificuldades enfrentadas nessa área de atendimento. Raros são os profissionais de psicologia que se interessam de forma definitiva por esse novo desafio, possivelmente pela dificuldade do aprendizado da Libras, indispensável ao trabalho terapêutico com os surdos. Por outro lado, não basta aprender Libras e iniciar o atendimento. É fundamental uma constante convivência com a comunidade surda, para que se possa compreender sua cultura e identidade, além da necessária vocação para lidar com as diferenças.

A terapia com surdos é uma tarefa penosa, que requer muita dedicação e paciência, pois além do surdo, o trabalho se estende à família, um dos principais focos dos conflitos da pessoa surda. Poucos se dão conta da dimensão do sofrimento psicológico e moral do surdo. A falta de comunicação, o isolamento, o preconceito, fazem do surdo um ser dependente do ouvinte, ainda que tenha conseguido avançar em sua educação e desenvolvimento cognitivo. Essa dependência reduz sua auto-estima, produzindo conflitos que muitas vezes são interpretados equivocadamente como comportamentos típicos do surdo, como: agressividade, intolerância, individualismo, incapacidade intelectual, quando na verdade essa visão resulta do desconhecimento do mundo dos surdos. Contudo, não se pode negar que a cada dia os surdos progridem em suas conquistas e afirmação como cidadãos.

Abordagens clínicas e terapêuticas
Muitas vezes me perguntam qual a abordagem terapêutica que adoto no atendimento ao surdo. É uma curiosidade natural. Afinal os psicólogos seguem geralmente uma tendência teórica pela qual tem afinidade e preferência. Mas eu afirmo que se nos limitarmos a uma única abordagem terapêutica no caso dos surdos, vamos restringir nosso campo de ação.Há um universo muito amplo de variáveis e especificidades no tratamento psicológico do surdo.
É preciso considerar:
a)     Faixa etária
b)     Período de aquisição da surdez ( pré ou pós-lingual)
c)     Nível de capacidade auditiva ( leve, moderada, severa, profunda, uni ou bilateral)
d)     Outras sequelas ( motoras, neurológicas, surdocegueira)
e)     Ambiente familiar
f)      Nível de oralidade/ leitura labial e sinalização em língua de sinais
g)     Nível socioeconômico
h)     Preferências sexuais (atualmente existem associações de surdos gays)
i)       Envolvimento com drogas e atividades ilícitas

Essa gama de condições e peculiaridades exigem do terapeuta uma postura profissional eclética, além da possibilidade de ter que intervir com aconselhamento em conflitos familiares, judiciais e nas relações de trabalho.

Não basta, portanto, dar consultas no consultório, e torcer para que o surdo resolva seus problemas. É fundamental que o terapeuta esteja aberto a uma visão holística do atendido, em suas dimensões física, mental e espiritual ( no sentido de espiritualidade e não de religiosidade).

Não se descarta, portanto, o uso de técnicas e procedimentos da terapia comportamental, cognitiva, gestaltista, e mesmo psicanalítica, e de outras abordagens. Cada caso requer procedimentos próprios e compatíveis com a especificidade do cliente. Sem falar na necessidade do trabalho interdisciplinar, com o fonoaudiólogo, o psicopedagogo, o psiquiatra e outros profissionais.

Na condição de terapeuta de surdos, muitas vezes precisei participar de audiências na justiça, em processos criminais e  de direito de família, para justificar laudos, esclarecer condutas do cliente diante do juiz, bem como visitar empresas para dialogar com empregados e chefes ouvintes, com o objetivo de melhorar as relações de trabalho.

Técnicas e procedimentos terapêuticos
Diante das peculiaridades do comportamento do surdo, desenvolvemos ao longo de nossa experiência clínica, alguns procedimentos básicos para diagnóstico e tratamento, tais como:
  • Entrevista inicial (Anamnese), com a presença de um dos responsáveis (geralmente a mãe)
  • Grafismo ( testes projetivos, desenho, pintura )
  • Mágicas e brincadeiras ( crianças e adolescentes)
  • Acesso ao computador (softers e programas especiais, que permitem diversão e, ao mesmo tempo, observação de padrões comportamentais, coordenação motora, níveis de frustração/ agressividade, desenvolvimento cognitivo e outras habilidades/aptidões). O uso da internet, hoje dominado pela maioria dos surdos é muito útil para interagir com o surdo.
  • Escuta. O surdo é “tagarela”, gosta de desabafar, repetindo no início as mesmas histórias. A intervenção do terapeuta ocorre no estágio de “fadiga” do discurso, quando então ele se torna receptivo.
  • Informação pedagógica. Conceitos e informações práticas, para o auto-conhecimento e compreensão do mundo, com vistas a melhor comunicação e interpretação dos conteúdos trazidos durante a terapia.
Treinamento e competência do terapeuta
O psicólogo que deseja trabalhar com surdos deve primeiramente entender que essa é uma área de grande demanda. No entanto a quase totalidade dos surdos nunca teve acesso a psicoterapia, devido ao alto custo, – e  somente uma minoria tem condições financeiras para o tratamento-, ou simplesmente porque o poder público não oferece esse tipo de atendimento e quando oferece, é precário e sem profissionais habilitados e capacitados para essa especialidade. Até mesmo porque não existem cursos de capacitação para terapeutas de surdos. Desse modo, é muito difícil encontrar profissionais em todo o país que se dediquem a essa prática.

Outra exigência é que o psicólogo precisa aprender Libras, o que pode hoje ser feito com facilidade, pois há oferta de cursos pelo menos nas principais capitais e cidades de maior porte. O aprendizado de Libras só se torna efetivo com a convivência com a comunidade surda, através de Associações e grupos de surdos.

Enquanto o terapeuta não dominar a Libras, pode iniciar atendimentos com surdos oralizados, o que facilita a comunicação.  É importante que a família do surdo seja orientada, principalmente as mães, e incentivadas para que aprendam Libras para melhor comunicação com o filho. Algumas Associações promovem cursos de Libras para as mães e familiares.

É fundamental que o terapeuta realize pesquisas sobre surdez, sobre a cultura e identidade surda, a partir do próprio trabalho que realiza e também associando-se a grupos de pesquisas que existem em Universidades e outras instituições que atendem surdos.

O atendimento psicológico ao surdo constitui um grande desafio e também um mercado de trabalho em potencial para o psicólogo.

Atualmente a maioria dos surdos, principalmente os mais jovens, tem acesso a internet e uso de celular, e o terapeuta precisa participar desses redes virtuais para estabelecer vínculos com os surdos.

Existe já um grande acervo de ferramentas para o trabalho do terapeuta, como livros e filmes sobre a vida dos surdos, educação, Libras, alguns produzidos pelo governo através do INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos e outros por instituições privadas.

A competência do terapeuta vai sendo construída com o tempo e pelo desejo de servir a essa causa tão importante, que é preparar o surdo para exercer seus direitos e deveres de cidadão e oferecer a possibilidade de atendimento psicológico a essa minoria tão sacrificada e discriminada desde a antiguidade.


Conclusão
Fica aqui um desafio para os futuros psicólogos, que estão em formação, e profissionais já atuantes, no sentido de que lancem um olhar sobre o universo dos surdos, tão fascinante e intrigante, e ainda tão inexplorado.
São tantas as perspectivas para pesquisa e estudos na área de aprendizagem, percepção, linguagem, desenvolvimento, enfim, um vasto campo de crescimento e aprimoramento profissional.

Entendo que o psicólogo, além de profissional competindo em um mercado de trabalho, tem também uma função social, de melhorar a qualidade de vida das pessoas, de contribuir para uma sociedade mais justa e equalitária. E por que não dedicar um décimo, talvez, de seu tempo, para um trabalho voluntário, para essa parcela carente e sofrida da população, mas com imenso potencial de desenvolvimento. Afinal, desde que a Libras foi aprovada como língua oficial dos surdos, o Brasil é um povo com duas línguas, mas continuamos todos irmãos.


fonte: http://editora-arara-azul.com.br/



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

JONATHAN SWIFT


Nasceu em Dublin, Irlanda, em 30 de novembro de 1667, e faleceu em 19 de outubro de 1745. É autor da famosa obra literária "As viagens de Gulliver” – 1726. Foi órfão de pai, um advogado inglês que morrera sete meses antes do nascimento do filho. Jonathan, com apenas um ano de idade, foi levado secretamente por sua ama para a Inglaterra. Após dois anos, retorna para a Irlanda devido aos problemas políticos que estavam ocorrendo no país. Sua guarda fica então aos cuidados de seu rico tio, Godwin, que o matricula para estudar na escola Kilkenny, em Dublin, no ano de 1673. Seu tio lhe provê de boas maneiras e educação, porém, o mais importante, não lhe dava: carinho e amor.

Portador de deficiência auditiva desde criança, seu tio apenas se limitava a encaminhá-lo para tratamentos médicos, quando as crises de surdez lhe ocorriam. Deficiência que acompanhou Jonathan pelo resto de sua vida.

Em 1681 Swift matricula-se no Trinity College de Dublin, onde só se distingue pelas punições. Em 1688 recebe o diploma da congregação e, com a morte de seu tio neste mesmo ano, Swift vai para Leicester viver junto de sua mãe. Como ela não dispunha de muito dinheiro para ajudá-lo, é obrigado a procurar um emprego e sustentar-se.

Em 1689 vai para Moor Park, Surrey (Inglaterra), e torna-se secretário de Sir William Temple, estadista e escritor de grande prestígio. Swift amadurece intelectualmente entre os livros de Temple e conhece uma menina de oito anos chamada Esther Johnson que, segundo diziam, era filha de William Temple com uma ama da casa.

Swift chama-a carinhosamente de Stella e lhe dedica alguns de seus mais belos poemas. A diferença de idade entre os dois não serviu de barreiras para que desabrochasse um grande afeto entre eles.

A presença de Stella era um bálsamo para Swift, mas não o suficiente para retê-lo como empregado de Sir Temple. Swift tinha ambições e compreendia que, para realizá-las, precisava de um diploma. Em 1693 doutorou-se em Teologia pela Universidade de Oxford e, em 1695, assume o posto de Cônego em Kilbroot, na Irlanda.

Ainda em 1695 volta para Moor Place e encontra Sir Temple escrevendo um panfleto altamente conservador sobre a "Batalha dos Livros", pelo qual foi muito atacado. Swift, promovido por ele a secretário, viu-se obrigado a defendê-lo e redigiu em 1697 A Batalha dos Livros. Por trás da defesa ironizava sutilmente tanto os conservadores quanto os liberais.

Com a morte de Sir Temple em 1699, Swift, desempregado, pleiteia o cargo de deão (coordenador de um grupo de párocos) de Serry, mas as autoridades eclesiásticas consideravam o posto elevado demais para um pastor tão jovem e o nomeiam Cônego de Dublin, na Irlanda.

A nomeação não lhe agradou muito, mas Swift não teve alternativa senão aceitá-la. Pede então que Stella vá viver ali perto. A proximidade da menina dá-lhe ânimo para continuar escrevendo e em 1701 publica anonimamente o "Discurso sobre as Dissensões entre os nobres e comuns em Atenas e Roma". Nessa obra, a alusão aos partidos ingleses é clara, como também é nítida a sua posição ao lado dos Whigs (liberais). Por isso, Tories (conservadores) passam a atacá-lo. No entanto, passa a ser admirado por estadistas como Somers e Halifax, de elevado prestígio junto ao governo.

Vislumbrando a possibilidade de ascender-se na Igreja anglicana e com ajuda dos políticos, Swift começa a viajar frequentemente para Londres. Consegue então editores para A Batalha dos Livros e O Conto de Tonel. Além disso, apoiado por escritores satíricos Pope, Richard Steele e Joseph Addison, ganha popularidade.

Em 1708 escreve um panfleto para desmascarar o astrólogo Patridge, tido por ele como charlatão. Sob o pseudônimo de Isaac Bickestaff profetizava, no estilo de adivinho, a morte de Patridge. A luta entre os dois acirra-se em 1709 e Swift escreve o artigo "A Vingança de Isaac Bickertaff", na qual resume satiricamente a disputa.

A ambição e as amizades fazem com que Swift permaneça em Londres, mas, sempre pensando em Stella, lhe escreve numerosas cartas. Em seu "Diário", falava de tudo: de encontros com aristocratas e políticos; das impressões suscitadas; das intrigas da corte; do fumo do Brasil; da invasão do Rio de Janeiro pelos franceses (1710); dos sonhos; das aversões, etc. Ao falar de assuntos íntimos, se expressa numa linguagem cifrada, compreensível somente para ele e Stella; mais tarde, essa experiência deu frutos em Viagens de Gulliver.

Em 1713 torna-se deão da catedral de Saint Patrick em Dublin. Sua acolhida nesse local foi fria, pois desconfiavam que suas atividades políticas não eram compatíveis com as funções religiosas. Ao saber de seus problemas, Stella vai juntar-se a ele em Dublin. Pouco depois outra mulher o procura: ela é Esther Vamhomrigh, filha de um rico mercador alemão. Swift dedicou a ela o poema "Cadenus e Vanessa" em 1726.

Vanessa fica sabendo da sua ligação com Stella e, não suportando a hipótese de amá-lo só no espírito sufocando os ímpetos da carne, escreve à rival uma carta falando de seus laços com Swift. Furioso, Swift procura Vanessa e, sem dizer nem uma palavra, atira-lhe aos pés uma carta de despedida. Nunca mais a viu. Semanas depois a moça morreu de tristeza.

Em 1725 começa escrever Viagens de Gulliver onde pretendia agredir o mundo, não diverti-lo. A Enciclopédia Barsa assim se refere a essa obra.

Em 1728 Stella morre de um mal desconhecido. No ano de 1731 Swift faz da sua própria morte um objeto da sátira ao escrever um poema sobre a morte do Dr. Swift.

Sua última obra foi escrita em 1738 um ensaio destinado a despojar a conversação inglesa das banalidades e incorreções que o levam ao ridículo. Com o título de "A Conversação Polida" a qual representava o resultado de vinte anos de observação e pesquisa.

Em 19 de Outubro de 1745 Jonathan Swift, surdo e louco, morre em Dublin. Os pesquisadores acreditam que Swift sofreu de doença de Ménière ou doença de Alzheimer. Ele é enterrado na Catedral de St. Patrick - Irlanda. Em sua lápide, o epitáfio em latim, escrito por ele mesmo:

"Aqui jaz o corpo de Jonathan Swift, doutor em Teologia e deão desta catedral, onde a colérica indignação não poderá mais dilacerar-lhe o coração. Segue, passante, e imita, se puderes, esse que se consumiu até o extremo pela causa da Liberdade".



ObraS
    História de um tonel (1704) Sátira em prosa.
    A batalha dos livros (1704) Sátira em prosa.
    Argumento contra a abolição do cristianismo (1708) Panfleto.
    Diário para Stella (1710-1713) Cartas.
    The Conduct of the Allies (1711) Panfleto político.
    As viagens de Gulliver (1726) Romance.
    Modesta proposição (1729) Sátira política.
    A Conversação Polida (1738) Resultado de 20 anos de pesquisa.
    Versos sobre a morte do doutor Swift (1739) Poema.



fonte: wikipedia



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

OS PROBLEMAS TÊM UM LADO BOM


PENSAMENTO DE CONFÚCIO

 

"A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda". 
Confúcio

terça-feira, 15 de maio de 2012

PROJETO PARCERIA, SAÚDE, EDUCAÇÃO DE SURDOS E FAMÍLIA


Por ALESSANDRA MACHADO DE SANTANA,
MARIA CRISTINA BARBOSA JUSTO,
MÔNICA GUIMARÃES ARRUDA e
VERÔNICA APARECIDA PINTO LIMA


RESUMO

Contextualizar a situação atual dos sujeitos Surdos na sociedade é uma tarefa árdua e desafiadora que somente se constrói através de múltiplas vivências na Comunidade Surda. Perceber suas peculiaridades do cotidiano e participar de sua experiência visual está sendo a mais valiosa de todas as que vivemos no mundo ouvinte. Cultura e Identidade Surdas precisam ser “enxergadas” como as grandes possibilidades de uma sociedade inclusiva em todos os sentidos. O Projeto Parceria Saúde, Educação de Surdos e Família tem como objetivo, além de valorizar a Língua Brasileira de Sinais como meio de inclusão e acessibilidade para os Surdos, proporcionar a busca constante de seu processo na construção cidadã.
PALAVRAS- CHAVE: Surdos- cultura- língua- parceria- acessibilidade


QUEM SOMOS?

O contexto social brasileiro não está afastado dos efeitos da exclusão, onde se percebe que, mesmo com a globalização, considerável parcela da população não tem acesso nem mesmo a informação sobre seus direitos, condição fundamental para a formação de cidadãos. Por este motivo acreditamos que a comunicação facilita a socialização dos direitos.

O Projeto Parceria Saúde, Educação de Surdos e Família é uma parceria entre a Saúde, especificamente na área da Fonoaudiologia, Educação e Serviço Social, abordando uma proposta bilíngue (LIBRAS como primeira língua e Português como segunda língua) para crianças, jovens Surdos e seus familiares que são recebidos no CMS (Centro Municipal de Saúde) Professor Masao Goto em Sulacap- RJ e nas salas de recursos da E.M (Escola Municipal) Frei Vicente do Salvador e E.M (Escola Municipal) Tasso da Silveira. Os Surdos atendidos são oriundos das classes comuns de diversas Escolas Públicas Municipais da E/8ªCRE/SME-RJ (Coordenadoria Regional de Educação/Secretaria Municipal de Educação), inseridas na abrangência do CAP 5.1/SMSDC-RJ (Coordenação de Área Programática/Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil).

Os trabalhos, em sua construção inicial, 2007 e 2008, surgiram da ideia das autoras (profissionais), a partir do momento que perceberam a grande necessidade de transformar o que se apresentava como dificuldade de aprendizagem e falta de comunicação, em um grande desafio a ser construído: “Um novo paradigma linguístico na educação de Surdos”.

Em 2009 passamos a contar com a participação do Serviço Social, que tem como proposta de trabalho o fortalecimento e a garantia de um “suporte cidadão”, onde as famílias das crianças e jovens Surdos que são recebidos no Posto de Saúde e oriundos das Escolas Públicas Municipais recebem orientação e apoio deste serviço para um planejamento e busca parceira, que viabilizem os recursos oportunos à melhoria na qualidade de suas vidas.

Partindo da premissa que uma abordagem Bilíngue não se desenvolve, efetivamente, sem essa parceria, as autoras atuam em conjunto, tanto nos atendimentos fonoaudiológico/serviço social, no CMS, como educacionais, em Sala de Recursos nas Escolas Públicas, mantendo contatos periódicos entre as famílias e seus filhos Surdos, com acompanhamento do processo nos dois ambientes, ofertando encontros, palestras e oficinas conforme o interesse apresentado pelo grupo (Surdos e familiares).

Ao longo desses quatro anos de projeto fomos detectando situações e necessidades e através de muito diálogo entre familiares e os Surdos, foram organizadas atividades que promovessem discussões, assim como ações que viabilizassem mudanças e harmonia nas relações entre os diferentes grupos (ouvintes- familiares/professores/amigos e Surdos- crianças e jovens), proporcionando, dessa forma, um maior desenvolvimento nas áreas linguística, cognitiva e social.

1- Algumas atividades realizadas já nos demonstram excelentes resultados:
  • Oficinas de Libras no Posto de Saúde entre familiares, crianças e jovens Surdos, professores, amigos e outros funcionários do próprio local, fortalecendo a conscientização do uso da Língua Brasileira de Sinais, assim como um maior envolvimento e interação dos responsáveis, pois a família é um elo primordial neste processo. Interessante ressaltar que é realizada uma abordagem da Língua de Sinais nos seus aspectos semânticos e contextualizados, em que as crianças e jovens Surdos aproveitam a oportunidade de se expressarem livremente abordando temas de seus interesses;
  • Oficinas de leitura e escrita da Língua Portuguesa numa perspectiva de segunda Língua. Cabe ressaltar que o termo “segunda língua” é utilizado para definir que a língua estudada é usada fora da escola em que convive a criança e o jovem Surdo (ex: um brasileiro que estuda francês na França), ou seja, nosso jovem Surdo tem sua própria Língua e cultura, e estuda a Língua Portuguesa, porque esta é usada pela comunidade fora da escola (comunidade ouvinte). Durante estas oficinas é utilizado o método AGT (Abordagem da Gramática e da Tradução). Basicamente a AGT consiste no ensino da segunda língua pela primeira. Apesar de ser um dos métodos mais criticados no ensino de segunda língua, no caso específico da clientela Surda, tem se mostrado mais apropriado devido as diferentes modalidades de input: auditivo versus visual.
  • Oficinas de Teatro entre as crianças e jovens Surdos promovendo debates de Cultura e Identidade Surdas;
  • Oficinas temáticas e roda de conversas, bimestralmente, utilizando dinâmicas de grupo, arte terapia e jogos criativos; sugerindo como ferramentas de apoio pedagógico: Youtube; Google (Maps, earth, translate); Blogs de professores; Power-point. Com o cuidado de ressaltar a grande importância da consulta minuciosa das ferramentas citadas e elaboração cautelosa, embasada em livros didáticos confiáveis, para o sucesso das oficinas. Acreditamos que esse tipo de trabalho auxiliará na construção e enriquecimento de conceitos e vocábulos de diferentes áreas do conhecimento que são de difícil assimilação para as nossas crianças e jovens Surdos, por motivos específicos em cada disciplina, com que se deparam em ambiente escolar;
  • Encontros periódicos com as famílias, professores e outros profissionais nas tomadas de decisão em relação ao cumprimento da Lei, para que as crianças e jovens Surdos possam ser acompanhados por Intérpretes Educacionais nas escolas;
  • Realização de visitas domiciliares e/ou institucionais, referentes à rede de serviços (instituições parceiras) que oferecem serviços e recursos no atendimento as famílias e outras atividades do projeto. Assim como o acompanhamento sistemático às famílias em situação de vulnerabilidade social promovendo articulações com a rede de serviços locais (governamental e não governamental);
  • Atividades culturais, de lazer e palestras com a participação da Comunidade Surda Acadêmica;
  • Atualização constante das autoras do projeto em Seminários, Congressos, Palestras e Cursos de Extensão em Tradução/Interpretação em Língua de Sinais pela APILRJ, cursos pela UFSC e outros de pós- graduação na área da Surdez;
2- Observa-se como resultado deste trabalho de parceria:
  • Um maior desenvolvimento das crianças e jovens Surdos, assim como das famílias, quanto à aquisição linguística (Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa), facilitando a comunicação e a conscientização política e social na busca dos direitos já garantidos por Lei;
  • A identificação com os seus pares Surdos buscando a compreensão de sua vivência, criando possibilidade da construção de seu próprio conhecimento;
  • A ampliação de conhecimento pelas autoras do projeto nas atividades de capacitação e melhoria da qualidade do trabalho realizado, propondo pesquisas, debate a cada encontro a fim de aprimoramento das competências profissionais;
  • A conquista das famílias, pelo Ministério Público, do direito de seus filhos Surdos, e demais alunos Surdos das escolas públicas municipais, serem acompanhados por Intérpretes Educacionais e Instrutores Surdos na rede, iniciando um processo de inclusão em relação às diferenças linguísticas e culturais do Sujeito Surdo.
3- Almeja-se conquistar com esta Parceria:
  • A continuidade do trabalho sempre em prol do desenvolvimento linguístico (Libras e Português), do conhecimento de mundo para as crianças e os jovens Surdos e suporte as famílias;
  • Espaço de sala de aula e de recursos, não excludentes, mas que respeite a diferença linguística;
  • Um currículo específico para a Educação dos Surdos de QUALIDADE;

Participar deste Projeto é o mesmo que vislumbrar, ao fim do túnel, que é possível transformar a sociedade. Que é possível aos Surdos terem os mesmos direitos que os ouvintes: saúde, lazer, educação, trabalho, moradia. Que é possível VER o Surdo como um CIDADÃO. É preciso acreditar nas capacidades das pessoas Surdas como as que podem contribuir para o desenvolvimento de seu país, respeitando sua cultura e diferenças significativas em VER e LER o MUNDO.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- QUADROS, R. Müller; KARNOPP.L.B. Língua de Sinais Brasileira. Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Artmed.2004
- LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino de línguas. In BOHN, H. I.; VANDRESEN, P.
Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988.
- PERLIN, G. Identidades Surdas. In: SKLIAR.C. ( Org). A surdez um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre. Editora Mediação, 1998.
- REPÚBLICA, Presidência da Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Brasil. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
- QUADROS, R. Müller, STUMPF, M. Rossi. Estudos Surdos. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2009.



FONTE: http://editora-arara-azul.com.br/



* O TEXTO ENCONTRA-SE EM SEU FORMATO ORIGINAL. ERROS GRAMATICAIS E DISTORÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

FILOSOFIA COMO INSTRUMENTO CRÍTICO NO ESPAÇO DE ENUNCIAÇÃO DA LIBRAS

Por ANTONIO CID FREITAS BARROS

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo apresentar a proposta de estudo do grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Ceará: Filosofia e Língua de sinais, que, por sua vez, tem por finalidade o estudo linguístico da língua brasileira de sinais e a pesquisa de sinais a partir do vocabulário filosófico, para que possam servir como subsídios para o ensino de filosofia para surdos. Pois, a partir da Lei 11.684/08 que tornou as disciplinas de Filosofia e Sociologia obrigatórias nas escolas de todo o país, com certeza, surgiu a necessidade de uma preparação mais específica para o ensino dessas matérias em sala de aula, já que atualmente a educação de surdos goza de uma privilegiada ascensão, sobretudo com a proposta de educação bilíngue para surdos como a opção até então mais ideal para a construção da aprendizagem do sujeito surdo. Dessa forma, faz-se necessária a pergunta: como a filosofia pode ser um instrumento crítico para a vida do sujeito surdo? Sem dúvida, assim como pode ser para o ouvinte, também para o surdo a filosofia pode se tornar um instrumento crítico da realidade. Por isso, nossa proposta é que a filosofia para surdo seja ensinada a partir do espaço de enunciação da LIBRAS, ou seja, na janela imaginária frente ao corpo ou próxima ao corpo, onde são articulados os sinais dentro do raio de alcance das mãos. Para isso, é preciso que o professor seja capacitado não só na filosofia, mas que o mesmo tenha uma formação também na LIBRAS e na cultura surda para que possam lhe dá uma boa fluência na língua de sinais e dessa forma um sucesso no ensino dos conceitos filosóficos, capaz de despertar no sujeito surdo um olhar crítico da realidade.

PALAVRAS-CHAVE: FILOSOFIA. CRÍTICO. ENUNCIAÇÃO. LIBRAS.

INTRODUÇÃO
Como sabemos, a filosofia foi retirada do currículo do segundo grau no período do regime militar pós-64, e posteriormente na década de 1980, em virtude da luta de vários profissionais da área, a filosofia obteve novamente um lugar no ensino médio, porém, em caráter facultativo. Assim, devido a sua história inconstante e de sua condição facultativa nas escolas de ensino médio, a filosofia sempre enfrentou problemas em relação à sua identidade e de seu papel. Com essa problemática, a filosofia foi colocada em uma condição marginal diante das demais disciplinas. Dessa forma, já no quarto ano de seu retorno ao ensino médio ainda se faz necessária toda uma reflexão na tentativa de superar e amenizar os problemas enfrentados pela filosofia “pós-exílio no cativeiro militar”, para que essa disciplina encontre sua real identidade e possa trazer uma solidez ao ensino médio.

Desde 2008, ano que marcou o retorno da filosofia como disciplina obrigatória ao ensino médio no Brasil, muitas discussões são feitas em torno dessa questão. Como prevê a LDB nº 9.394/96 Artigo 2º, a qual descreve os princípios e fins da educação nacional, a lei estabelece que a educação seja instrumento de desenvolvimento e preparo do educando para o exercício da cidadania. Dessa forma, com o retorno da filosofia ao ensino médio, espera-se que ela também possa contribuir de maneira significativa nessa construção. Porém, como se sabe, não basta apenas termos a filosofia no currículo do ensino médio para haver a sua significativa participação na formação do cidadão. Mas, para início de conversa, é preciso a qualificação devida de profissionais para o ensino na área, pois do contrário a qualidade do ensino já se torna defasada.

Como ainda se tem a filosofia como uma disciplina marginalizada, até hoje, em muitas das escolas do país não existe professor devidamente formado em filosofia ministrando esse conteúdo, mas em boa parte o que temos são aulas ministradas por professores formados em outras disciplinas e muitas das vezes sem qualificação para essa ministração, o que nos leva a percebermos certo descompromisso com os conteúdos programados pelo desconhecimento dos conteúdos filosóficos.

Nessa perspectiva, gostaria de apresentar uma realidade ainda mais alarmante da educação brasileira, mais especificamente na ministração das aulas de filosofia. A realidade em questão, portanto, trata-se do ensino de filosofia na educação de surdos, pois mesmo com toda uma legislação que prevê uma garantia de acessibilidade à educação de qualidade, a educação de surdos ainda é vista como uma questão de segunda categoria.

Conforme a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu artigo 24, deve ser garantido aos surdos especificamente na área da educação: b) Facilitação do aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade linguística da comunidade surda; e c) Garantia de que a educação de pessoas, em particular crianças cegas, surdocegas e surdas, seja ministrada nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados ao indivíduo e em ambientes que favoreçam ao máximo seu desenvolvimento acadêmico e social.

A Declaração de Salamanca de 1994 que é uma resolução das Nações Unidas, que trata dos princípios, da política e da prática em Educação Especial. O parágrafo 19, referente às diretrizes de ação em níveis nacionais, nas áreas de política e organização, afirma que,

[...] as políticas educacionais deveriam levar em total consideração as diferenças e situações individuais. A importância da linguagem de signos como meio de comunicação entre os surdos, por exemplo, deveria ser reconhecida e provisão deveria ser feita no sentido de garantir que todas as pessoas surdas tenham acesso a educação em sua língua nacional de signos. Devido às necessidades particulares de comunicação dos surdos e das pessoas surdas/cegas, a educação deles pode ser mais adequadamente provida em escolas especiais ou classes especiais e unidades em escolas regulares. (SALAMANCA, 1994, parágrafo 19)

Na legislação brasileira, alguns pontos se destacam em consonância com as declarações mundiais. O inciso l do Artigo 3º da LBD nº 9.394/96 descreve como primeiro princípio para a ministração do ensino a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, ou seja, resguarda o direito de qualquer individuo ter acesso e permanência ao ambiente de ensino. Nessa mesma perspectiva, destacando a Educação Especial, a mesma lei diz que os sistemas de ensino devem oferecer aos alunos surdos, currículos, métodos, técnicas e recursos educativos de acordo com as suas necessidades, bem como professores habilitados para o atendimento às diferenças linguísticas e culturais dos surdos.

No caso dos surdos, as necessidades são mais especificamente ligadas às questões linguísticas, já que pesquisas comprovam o melhor rendimento na educação de surdos a partir de métodos que prevê o ensino bilíngue. Entre as várias pesquisas científicas da comunidade surda brasileira, destaca-se uma, coordenada por Fernando Capovilla, PhD, professor associado da Universidade de São Paulo – USP, cujos dados são muito robustos e válidos; decorre do Programa de Avaliação Nacional do Desenvolvimento Escolar do Surdo – PANDES, o maior programa do mundo para avaliação do desenvolvimento escolar, de cognição e de linguagem de uma população escolar surda. Esse programa foi conduzido de 2001 a 2011 com apoio do CNPq, da Capes, e do Inep (Observatório da Educação) e avaliou 8 mil surdos oriundos de 15 estados brasileiros com idades de 6 a 25 anos, desde o primeiro ano do ensino fundamental até o último ano do ensino superior.

Constatou-se nesta pesquisa que a criança surda (cuja língua materna é a Libras) aprende significativamente mais e melhor nas escolas bilíngues, na interação com professores sinalizadores e em meio a colegas também sinalizadores. Os frutos do bilinguismo são decorrentes de seu método enraizado na identidade surda, ou seja, na sua língua, já que ele propõe o ensino ao surdo a partir de sua primeira língua, a LIBRAS, e tendo o português na forma escrita como auxílio nesse processo.

Na contramão de pesquisas como a do professor Capovilla estão outras que não identificam a surdez como cultura e, dessa forma, muitos desses pesquisadores discretamente se limitaram nos registros nos quais os sujeitos surdos eram vistos como seres “deficientes”, conforme a definição de ”ouvintismo”, assim como pronuncia a pesquisadora surda Perlin (2004) “As narrativas surdas constantes à luz do dia estão cheias de exclusão, de opressão, de estereótipos” (p.80). Com certeza, essa visão desconhece ou simplesmente desrespeita as conquista surdas. No Brasil o reconhecimento da LIBRAS como língua de sinais é sinal de uma grande vitória para a comunidade surda.

A GRANDE CONQUISTA SURDA NO BRASIL
Segundo Evani Viotti (USP), para o suíço Ferdinand de Saussure, a língua é um produto social da faculdade da linguagem.

A língua é um fenômeno que está além do domínio individual de cada um de nós. Ela não é minha, nem de cada um de vocês, nem de nenhuma outra pessoa considerada individualmente. Ela é produto de uma comunidade, ela é parte do domínio dessa comunidade. O português brasileiro é a língua de uma grande comunidade de pessoas ouvintes, nascidas no Brasil. A LIBRAS é a língua de uma grande comunidade de pessoas surdas nascidas no Brasil. Essas línguas não se limitam a uma ou outra pessoa. Elas nascem e se desenvolvem no âmbito de um grupo social, não no âmbito individual. (VIOTTI, ____. p. 3)

Nas raízes da história da língua de sinais e na educação de surdos estão as grandes discussões sobre em qual método linguístico deveria se dá a educação de surdos: em língua de sinais ou oral? Esses foram os que mais travaram duelos durante a história dos surdos, porém, essas decisões sobre educação de surdos sempre foram determinadas por sujeitos ouvintes que se autoconferem poder para a tomada dessa decisão.
Por muitos anos os surdos foram vistos como anormais e doentes, por isso eles eram rejeitados pela sociedade e posteriormente eram isolados nos asilos para que pudessem ser protegidos, pois não se acreditava que pudessem ter uma educação em função da sua anormalidade.

Na visão clinica, a escola de surdos só se preocupava com as atividades da área de saúde, pois essa visão ver o surdo simplesmente como um paciente ou doente das orelhas e por isso precisam ser tratados a todo custo, com exercícios terapêuticos auditivos, por exemplo. Assim, essa visão categoriza os sujeitos surdos através de graus de surdez e não pelas suas identidades culturais.

Como diz Maura Corcini Lopes, autora do livro: Surdes & Educação, a partir do final do século XVIII a realidade começa a tomar um novo rumo, pois agora a surdez passa a ser um espaço de cultura, e até hoje se busca construir essa identidade cultural surda como ela mesma instiga em seu livro:

Distante de querer somar mais uma referência na vasta bibliografia que aborda a surdez como uma deficiência, bem como longe de querer somar mais uma referência sobre metodologias de ensino, proponho olhar a surdez de outro lugar que não o da deficiência, mas o da diferença cultural. (LOPES, 2007, p.09)

A partir do pensamento da surdez como identidade cultural desperta também o interesse para a reflexão de cunho filosófico, que teve como precursor o abade francês Charles-Michel de L’Epée, que por volta de 1760, funda a primeira escola pública para surdos. A partir de então, foi possível o começo de uma formação de um corpo para língua de sinais.

No Brasil, a primeira escola para surdo só vai surgir em 1857 por derivação do Instituto de Paris, tendo como fundador o professor Hernest Huet e o apoio de Dom Pedro II. Em 1930, essa mesma escola que era chamada de Instituto Nacional de Surdos passou a ser chamada de Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Em 2002, pela lei federal 10.436, vem uma grande conquista: a oficialização da LIBRAS como língua brasileira de sinais. A partir de então a discussão ganha um novo rumo, pois agora se trata de como se dará a educação em sala de aula, pois precisa ser levando em consideração a dupla linguagem que se encontra inserido o surdo, considerando também o português.

Outra conquista que a comunidade surda pode destacar se trata, portanto, do decreto nº 5.626, que desde dezembro de 2005 estabelece como obrigatório o ensino de LIBRAS em todos os cursos de licenciatura nas diferentes áreas do conhecimento.  Mas, o que se pode perceber é um quase total descumprimento do mesmo e, como consequência, o padecer de milhões de alunos surdos por todo o país, pois como mostram as pesquisas na área da educação de surdos, o bilinguismo é o método que mais tem demostrado frutos na educação de surdos na atualidade, já que ele propõe o ensino ao surdo a partir de sua primeira língua, a LIBRAS e tendo o português na forma escrita como auxílio nesse processo. Porém, o não cumprimento desse decreto por parte das entidades de ensino superior tem dificultado o acesso das pessoas surdas a um ensino de qualidade, que é um direito de todos garantido pela constituição.

FILOSOFIA NO ESPAÇO DE ENUNCIAÇÃO DA LIBRAS
Assim como em muitas outras línguas, na LIBRAS, fazer uma tradução coerente de conteúdos filosóficos não é fácil, sobretudo por conta de sua modalidade particular, ou seja, a espaço-visual, já que para o surdo o desenvolvimento de sua linguagem e consequentemente do pensamento se dá a partir do campo visual. Dessa forma, encontra-se a grande dificuldade de expressar em sinais os conceitos filosóficos, pois como diz Silvio Gallo defendendo a definição de Deleuze e Guattari, na obra O que é filosofia? (1992), afirma: a tarefa da filosofia é a de “produzir conceitos” (2003, p. 2), e acrescenta:

Se a filosofia consiste na atividade de criar conceitos, que é isso então que ela cria? Podemos dizer que o conceito é uma forma eminentemente racional de equacionar um problema ou conjunto de problemas, exprimindo com isso uma visão coerente do vivido. Sendo assim, o conceito não é abstrato nem transcendente, mas imanente, uma vez que parte necessariamente de problemas experimentados, isto é, na medida em que não se cria conceito no vazio (GALLO, 2003, p. 3-4).

Nessa perspectiva, a proposta pedagógica de educação bilíngue para surdos propõe levar o conteúdo filosófico para o espaço de enunciação da LIBRAS, ou seja, para a janela imaginária frente ao corpo ou próxima ao corpo, onde são articulados os sinais dentro do raio de alcance das mãos, onde contém todos os pontos de articulação dos sinais. Assim, como nos diz Audrei Gesser, os surdos podem muito bem fazer uso de tais recursos já que eles, assim como os ouvintes, são capazes de expressar os mais variados conceitos abstratos:

Tal como os falantes de línguas orais, os falantes de línguas de sinais podem discutir filosofia, política, literatura, assuntos cotidianos etc. nessa língua, além de transitar por diversos gêneros discursivos, criar poesias, fazer apresentações acadêmicas, peça teatrais, contar e inventar histórias e piadas, por exemplo. (GESSER, 2011. p.23)

Aqui, com essa proposta, o objetivo não é apenas que o surdo venha a conhecer o conteúdo histórico da filosofia, mas também que a filosofia possa se tornar um instrumento crítico para a sua leitura visual da realidade, pois assim como a filosofia é para o ouvinte esse instrumento, poderá ser também para o surdo, desde que o método de ensinagem mostre não só o conteúdo, mas o valor para a vida, destacando, sobretudo o respeito ao outro em todos os sentidos, como diz o método Progressista Libertador de Paulo Freire.

Portanto, em uma relação de igual para igual, ou seja, horizontalmente, em que visa levar professores e alunos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. Pois, para Paulo Freire, aprender é compartilhar conhecimentos e para aprender é preciso ver sentido para a vida prática, fazer parte do projeto de vida do indivíduo. Por isso, para se trabalhar a filosofia é necessário que haja um interesse por parte do aluno. Consequentemente, que ela o cative a uma reflexão que o permita e aqui de forma particular o sujeito surdo, procurar conhecer o sentido de sua própria experiência existencial humana. Para os surdos, com certeza, o visual é o cativante indispensável para a construção do seu conhecimento.

CONCLUSÃO
Como falamos, o conteúdo filosófico deve expressar o conteúdo da própria vida do indivíduo. Para o surdo, o conteúdo de sua vida passa pelo âmbito do espaço-visual de sua linguagem. Por isso, filosofia para surdos a partir da LIBRAS deve ser um campo que por direito do sujeito surdo deve ser explorado por pesquisas que busquem implementar esse ensino.

Atualmente, temos conhecimento de duas pesquisas que procuram trabalhar especificamente essa questão: PUC-MG e aqui na UECE.  Em 2008, a estudante de filosofia, Terezinha Cristina da Costa Rocha – PUC-MG e intérprete de LIBRAS, foi vencedora do premio Jovem Cientista por sua pesquisa inovadora que elaborou um dicionário de filosofia em LIBRAS com aproximadamente 200 palavras sinalizadas a partir da visão filosófica, como também, com o respaldo da estrutura da língua de sinais.

Na nossa realidade, no início do ano de 2011, começamos a pensar algo parecido com a criação do grupo de pesquisa: “Filosofia e língua de sinais”. Esse grupo tem por idealizador o professor da UECE, João Emiliano Fortaleza de Aquino. Nessa perspectiva, procuramos fazer um estudo da história e da cultura surda, como também da própria língua de sinais na tentativa de coletar recursos pedagógicos que possibilitem uma implementação do ensino de filosofia para surdos a partir da sua própria língua. Portanto, uma tentativa de construção do conhecimento crítico do sujeito surdo a partir do espaço de enunciação da LIBRAS. Assim, dando ao surdo a oportunidade de conhecer na sua própria linguagem espaço-visual o conteúdo crítico da filosofia, que, com certeza, poderá contribuir para a elaboração de um pensamento crítico da própria realidade visual.

REFERÊNCIAS
DE OLIVEIRA, Maria do Carmo Menicucci e REIS, Nivânia Maria de Melo. As Instituições de Ensino Superior e a Educação Inclusiva. Belo Horizonte: NAI/SECAC/PUC Minas, 2010.
GALLO, Sílvio. CORNELLI, G. DANELON, M. (Orgs). Filosofia do Ensino de Filosofia, Petrópolis, Vozes, 2003.
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.
LOPES, Maura Corcini. Surdez & Educação. Belo Horizonte, Ed. Autêntica, 2007.
PASTORAL DOS SURDOS. Pastoral dos surdos rompe desafios e abraça os sinais do Reino na Igreja do Brasil. São Paulo: Paulinas, 2006.
PAULO, Freire. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. Cortes, São Paulo, 2000.
PECHULA, Marcia Reami. Reflexões acerca da filosofia no ensino médio: o papel da disciplina e de seus conteúdos em sala de aula.
PERLIN, Gladis. O Lugar da Cultura Surda, In THOMA, Adriana da Silva e LOPES, Maura Corcini (orgs), A Invenção da Surdez: Cultura, alteridade, Identidade e Diferença no campo da educação, Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2004.
SKLIAR, Carlos (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.
STROBEL, Karin Lilian (Diretora-Presidente da FENEIS) e REZENDE, Patrícia Luiza Ferreira (Diretora de Políticas Educacionais da FENEIS) Reivindicação da Comunidade Surda Brasileira, Brasília, 19 de maio de 2011.
VIOTTI, Evani. Temática 2 - A língua para Ferdinand de Saussure. (USP).



FONTE: http://editora-arara-azul.com.br/



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